Presidente em pronunciamento; pesquisa Quaest aponta queda da vantagem eleitoral de Lula em 2026.
Criação / Gemini Pro

A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, realizada entre 6 e 9 de novembro com 2.004 entrevistas presenciais em todo o Brasil, mostra um quadro eleitoral mais competitivo para 2026. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva siga numericamente à frente na maioria das simulações, sua vantagem diminuiu em todos os cenários avaliados.

Segundo o levantamento, a disputa contra seus principais adversários — Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior — ficou mais apertada em comparação ao mês anterior.

Essa mudança indica, segundo analistas, um movimento crescente do eleitorado em busca de alternativas fora da polarização tradicional entre Lula e Bolsonaro.


Segundo turno: diferença cai de 10 para 3 pontos

No cenário mais tenso da pesquisa, Lula aparece com 42%, contra 39% do ex-presidente Jair Bolsonaro, um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos. Em outubro, Lula tinha dez pontos de vantagem — diferença que caiu para apenas três agora.

Mesmo inelegível, Bolsonaro continua sendo testado porque mantém forte presença política e influência no voto de opinião.

A queda da margem de Lula se repete contra outros nomes:

  • Ciro Gomes: vantagem cai de 9 para 5 pontos
  • Tarcísio de Freitas: de 12 para 5 pontos
  • Ratinho Júnior: de 13 para 5 pontos

Além disso, pela primeira vez a Quaest testou o nome de Renan Santos, fundador do MBL. Ele aparece com 25%, contra 42% de Lula.


Eleitor quer alternativas fora da polarização

A pesquisa também avaliou o que os entrevistados consideram o “melhor resultado para o país” em 2026.

Os dados revelam fragmentação clara do eleitorado:

  • 24% preferem um nome fora do eixo Lula-Bolsonaro
  • 23% defendem a reeleição de Lula
  • 17% desejam um outsider totalmente novo
  • 15% querem a vitória de Bolsonaro

No Nordeste, Lula segue dominante, com 37% considerando a sua reeleição o melhor cenário. Já entre os eleitores independentes, 38% pedem um nome fora da polarização e 27% preferem um outsider.


Eleitores não querem nova candidatura de Lula ou Bolsonaro

Outro dado relevante da pesquisa é a rejeição a novas candidaturas de ex-presidentes:

  • 59% acham que Lula não deveria concorrer novamente
  • 67% afirmam que Bolsonaro deveria abrir mão de disputar

Ainda assim, houve avanço entre os que querem que Bolsonaro seja candidato: de 18% para 26%.


Voto espontâneo: Lula recua; indecisos seguem muito altos

A intenção de voto espontânea mostra perda de tração para Lula:

  • Lula cai de 19% para 14%
  • Bolsonaro mantém 6%
  • Indecisos permanecem altíssimos: 72%

A pesquisa Genial/Quaest confirma um movimento claro: Lula mantém a liderança, mas sua vantagem encolhe em todos os cenários, especialmente contra Bolsonaro. A crescente preferência por novos nomes indica que 2026 pode ser a eleição mais imprevisível desde 1989.