O governo de Luiz Inácio Lula da Silva alcança 42% de aprovação, de acordo com a recente pesquisa PoderData divulgada hoje (30). Em contrapartida, a taxa de desaprovação recuou para 53%, reduzindo a distância entre os índices de 17 para 11 pontos percentuais comparado ao levantamento anterior. Sem dúvida, essas variações indicam uma melhora modesta na percepção pública, especialmente após iniciativas recentes de política externa defendendo a soberania brasileira.
A oscilação mostra-se pontual: de maio para julho, a aprovação subiu três pontos enquanto a desaprovação caiu na mesma proporção. Isso reflete, por certo, uma maior ressonância do discurso de soberania nacional e alinhamento político no cenário internacional.
Além disso, o levantamento revela que 40% dos entrevistados consideram o governo Lula “pior” que a gestão anterior, embora esse percentual tenha diminuído 5 pontos desde o início de junho. Ao mesmo tempo, 33% acreditam que o petista governa “melhor” que Bolsonaro, e 24% enxergam desempenho “igual” entre os dois mandatos.
Apesar da leve melhora, o cenário doméstico permanece desfavorável. Por exemplo, pesquisas como Ipec registram desaprovação de 55% ao desempenho do governo federal em março, com aprovação de apenas 24% até então, representando o momento mais crítico de seu terceiro mandato.
A Paraná Pesquisas mostrou, por sua vez, empate técnico entre Lula e Bolsonaro nas intenções de voto para 2026, o que indica que a avaliação negativa ainda impacta as projeções eleitorais futuras.
Como a pesquisa do PoderData afeta os seus investimentos?
A melhora nos indicadores de avaliação governamental sugere que as mensagens de política externa e soberania têm repercutido positivamente junto a parte do eleitorado, amenizando, dessa forma, parte da frustração com questões domésticas.
Ainda assim, a distância entre aprovação e desaprovação continua desfavorável. Em virtude disso, espera-se a continuidade da turbulência política e aumento da incerteza sobre reformas econômicas estruturantes — com reflexos potenciais em câmbio, crédito e investimentos.