O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na última quarta-feira (6), em entrevista à Reuters, que a Suprema Corte do Brasil “não está dando a mínima” para os comentários do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Além disso, Lula destacou que o Judiciário brasileiro julga com base nas provas, sem influências externas. Acima de tudo, ele não aceitará tentativas de interferência em sua soberania institucional.
A fala ocorre em meio à escalada diplomática. Em primeiro lugar, Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Em seguida, criticou publicamente o julgamento de Bolsonaro pelo STF. Por fim, sancionou o ministro Alexandre de Moraes via legislação americana. Sem dúvida, Lula qualificou essas ações como “inaceitáveis” para a independência institucional do Brasil.
O presidente enfatizou a precisão do processo judicial contra Bolsonaro. Por certo, o caso se sustenta em depoimentos de militares e colaboradores, e não em motivações políticas. “Não é a oposição que está acusando Bolsonaro… são os militares que trabalharam com ele que estão fazendo a delação”, afirmou.
Lula também deixou claro que não pretende chamar Trump para negociações enquanto a percepção seja de falta de sinceridade. “Não vou me humilhar”, declarou com firmeza. Nesse sentido, qualquer diálogo dependerá de respeito mútuo e abertura ao entendimento.
Como isso afeta para a cena geopolítica e institucional?
A defesa da independência judicial feita por Lula reforça o compromisso do Estado brasileiro com o Estado de Direito. Ao mesmo tempo, o presidente estabelece uma barreira contra tentativas externas de politização da Justiça. De acordo com ele, as decisões judiciais no Brasil são baseadas em evidências e não em pressões internacionais.
O posicionamento firme de Lula, recusando-se a “se humilhar” diante de pressões externas, demonstra uma resistência diplomática ativa. Como resultado, isso consolida a narrativa de soberania nacional. Esta postura não apenas fortalece a imagem do Brasil perante aliados e adversários, mas também sinaliza que o país não cederá a táticas coercitivas. Por outro lado, mantém sua autonomia decisória no cenário internacional.
Em um contexto de crescente judicialização da política, o apoio presidencial à Suprema Corte contribui para a estabilidade institucional brasileira. Desse modo, o equilíbrio entre os poderes ajuda a atenuar riscos de polarização extrema. Em conclusão, promove um sistema de freios e contrapesos essencial para a manutenção da democracia, especialmente em momentos de tensão diplomática como o atual.