Sucessão

Escolha de Lula por Galípolo no BC está “bem encaminhada”, diz colunista

De acordo com assessores, a indicação só não seria efetivada caso ocorresse algo “muito extraordinário” nos próximos meses, informou Valdo Cruz, do g1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), informou a jornalistas estrangeiros que ainda não tomou uma decisão sobre quem indicar para suceder Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central.

No entanto, assessores próximos de Lula indicaram que a escolha do atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, está bem encaminhada, informou o blog de Valdo Cruz, do g1 e da GloboNews.

De acordo com esses assessores, a indicação de Galípolo só não seria efetivada caso ocorresse algo “muito extraordinário” nos próximos meses.

Lula considera dois momentos para fazer a indicação do novo presidente do Banco Central, diz o jornalista.

A equipe econômica prefere que o nome seja enviado ao Senado Federal logo após o retorno das atividades parlamentares, em agosto.

Campos Neto defende uma indicação rápida para que haja uma transição suave até o final do ano, quando termina seu mandato. Enquanto isso, Lula avalia que o momento mais apropriado pode ser próximo ao fim do ano.

Galípolo assumiu interinamente durante as férias de Roberto Campos Neto e possui acesso direto ao presidente Lula, que mantém afinidade com o economista.

Durante a campanha presidencial, Galípolo foi introduzido ao presidente por lideranças do PT, como Gleisi Hoffmann, para conversas no mercado financeiro.

Lula acumula uma série de desentendimentos com Campos Neto, a quem responsabilizou por altas taxas de juros. Recentemente, acusou Campos Neto de agir politicamente para prejudicar seu governo, após um jantar com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

Campos Neto refutou as críticas, e lembrou que durante o governo Jair Bolsonaro (PL), a taxa de juros foi aumentada durante as eleições presidenciais, o que lhe rendeu críticas de ministros do ex-presidente por supostamente prejudicar a campanha de reeleição.