sexta, 19 de abril de 2024
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XP: investidores devem diversificar durante o surto de coronavírus

26 fevereiro 2020 - 16h48Por Redação Space Money

  O surto de coronavírus contamina o ânimo dos investidores conforme o número de infectados aumenta ao redor do mundo - incluindo no Brasil, onde a quarta-feira de cinzas (26) amanheceu com a confirmação do primeiro caso no país e o Ibovespa abriu em baixa após o feriado. Em relatório divulgado hoje, a consultoria XP Investimentos analisa os impactos da covid-19 na economia e abre recomendações para o investidor brasileiro. Leia mais: Ministério da Saúde confirma 1º caso de coronavírus Para a XP, o principal é manter em mente a importância de uma carteira de investimentos diversificada. Apesar da alta volatilidade dos ativos de renda variável, e de possíveis impactos de uma desaceleração econômica no curto prazo, "empresas com bons fundamentos devem se manter sólidas no longo prazo”.  A consequência mais marcante das incertezas a respeito do novo vírus, apontada pela XP, é a "clara corrida a ativos com menor risco", ou flight to safety. Entre os sinais de que isso já ocorre, estão: o baixo nível de juros de títulos americanos de 10 anos; o aumento do índice VIX, que mede a volatilidade das opções de ações do índice S&P, indicando tensão entre investidores; e a alta do dólar devido ao fluxo de capitais para mercados de menor risco. Ainda segundo o relatório, ações de empresas ligadas à economia global devem sofrer mais pressão no médio prazo caso o surto continue impactando o mercado global, principalmente nos casos de empresas de “commodities (Suzano, Vale), frigoríficos exportadores (JBS, Marfrig, BRF) e companhias aéreas e de turismo (Gol, Azul, CVC).” Já ações de empresas reguladas, que não dependem da economia e pagam altos dividendos, são boas oportunidades para o investidor, segundo a XP. Mas o importante, segundo os analistas, é “um portfólio de investimentos diversificado, com exposição não apenas à renda variável, ajudando-o a tolerar a volatilidade variações de preços no curto prazo.” Leia mais: Dólar chega a R$ 4,43; Ibovespa despenca com coronavírus no radar