quinta, 18 de abril de 2024
Vale

Vale opera estável; mineradora retomou produção de usina de Viga em Minas

02 outubro 2020 - 11h26Por Investing.com

Por Gabriel Codas, da Investing.com - Em um novo dia negativo nos mercados de ações, a Vale (SA:VALE3) opera com estabilidade na bolsa brasileira, enquanto o Ibovespa subia no momento da escrita. Na véspera, a mineradora informou que retomou as operações da usina de concentração de Viga, localizada em Minas Gerais, após seis dias de paralisação motivada por uma decisão judicial.

Por volta das 11h25, os ativos eram negociados com perdas de 0,19% a R$ 58,75. O Ibovespa avançava 0,32% a 95.780 pontos.

De acordo com a Vale, o juiz da Vara Única da comarca de Entre Rios de Minas (MG) proferiu sentença, em mandado de segurança impetrado pela companhia, para determinar que a autoridade municipal emitisse os alvarás de Localização e Funcionamento de 2019 e 2020 relativos à disposição de rejeitos na barragem B7, localizada em Jeceaba (MG).

"O magistrado considerou que a Vale preencheu todos os requisitos legais necessários para a expedição de tais alvarás. Nesse sentido, a Vale retomou, na noite de hoje, após seis dias de paralisação, as operações na usina de concentração de Viga, com capacidade de produção de 11.000 toneladas por dia (de finos de minério de ferro)", afirmou a empresa.

A suspensão das atividades de Viga havia ocorrido na noite de 24 de setembro, após decisão de juiz em ação civil pública ajuizada pelo município de Jeceaba.

Mesmo com o impacto limitado resultante da paralisação, esperamos uma reação levemente positiva. Mantemos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$85/ação).

Moody’s

A agência de classificação de riscos Moody's elevou nesta quinta-feira o rating da mineradora Vale para Baa3, com perspectiva estável, citando melhorias observadas nas práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) da empresa.

Segundo comunicado da Moody's, a Vale aprimorou a gestão de risco e a supervisão de governança após o desastre de Brumadinho (MG), que resultou na morte de mais de 250 pessoas em janeiro 2019, atuando na reparação de afetados e "reduzindo materialmente o risco de um acidente similar no futuro".

A agência destacou que a mineradora estabeleceu um novo padrão de gerenciamento de barragens "alinhado às melhores práticas internacionais", mencionando também a criação das diretorias de Segurança e Excelência Operacional, de Compliance e a adoção de metas ESG.

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