sábado, 20 de abril de 2024
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Previdência e Moro são assuntos no Brasil; Trump mira na Europa

02 julho 2019 - 10h13Por Angelo Pavini
Os investidores brasileiros estarão concentrados hoje na apresentação do relatório final da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) ainda negocia mudanças que podem beneficiar as professoras, enquanto representantes do PSL, partido do governo, tentam abrandar as regras para policiais e agentes de segurança. Hoje também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta pela última vez convencer os governadores a apoiarem a proposta para incluir Estados e municípios na reforma, o que tornaria o ajuste fiscal mais efetivo. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a recusa do ministro da Economia, Paulo Guedes, em mudar as regras para policiais pode tirar 22 votos da reforma que viriam do PSL.

Bolsa abre estável e juros caem

Apesar das dificuldades, a expectativa é que o texto seja aprovado esta semana, para que possa ser levado para o Plenário da Câmara e votado antes do recesso, em 18 de julho. Se isso não acontecer, os mercados e, em especial a bolsa de valores, vão sofrer bastante. Aliás, qualquer sinal de revés na aprovação do texto ou no valor que será economizado, em torno de R$ 1 trilhão, terá impactos no mercado, que fechou ontem aos 101.340 pontos. O Índice abriu em ligeira alta, 0,03%. Já os juros estão em baixa, com o contrato para janeiro de 2021 projetando 5,80%, 0,01 ponto abaixo de ontem, e 7% para 2025, 0,05 ponto percentual de baixa. O dólar abriu em queda, de 0,09%, a R$ 3,84, para venda no mercado comercial. Hoje também o ministro da Justiça, Sérgio Moro, deve comparecer à Câmara para falar sobre o vazamento de conversas com procuradores da Lava Jato. O assunto é mais político, mas envolve um dos principais ministros do governo de Jair Bolsonaro e pode ter implicações no apoio ao governo.

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Guerra comercial com Europa e economia fraca

No exterior, as atenções vão se dividir entre a guerra comercial dos Estados Unidos contra a China e, agora, também contra a Europa, e os indicadores de atividade mundial. Segundo o Bradesco, o desempenho da atividade industrial entre abril e junho sugerida pelo índice PMI mundial (Purchasing Managers Index, ou PMI) aponta para uma moderação do ritmo de crescimento da atividade econômica mundial no segundo trimestre deste ano, de 2,8% em termos dessazonalizados e anualizados, comparativamente ao trimestre anterior.

Bolsas em baixa nos EUA

Nesta manhã, a maioria das bolsas abriu em alta, ainda refletindo a expectativa de retomada das negociações entre os EUA e a China, e que levaram os mercados a fecharem com ganhos ontem. Na Ásia, as bolsas subiram, enquanto na Europa as ações caem na Alemanha e sobem nos demais países, com o índice Euro Stoxx 600 subindo 0,23%. Os ganhos na Europa são limitados por conta de preocupações com o ritmo da atividade local e com notícias de que os EUA propuseram adotar tarifas adicionais contra a União Europeia, observa o Bradesco. Já nos Estados Unidos, os índices futuros operam em ligeira queda, depois de o Standard & Poor’s 500 ter batido ontem novo recorde de pontos, o terceiro do ano.

Minério de ferro bate recorde

No mercado de commodities, o minério de ferro continuou em alta e atingiu preço recorde na China, com alta de mais de 5% no pregão de hoje, o que deve ajudar a Vale, avalia o Banco Fator.

Opep mantém cortes e Irã acumula urânio

Já no mercado de petróleo, apesar do anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de extensão por nove meses de cortes na produção de petróleo, os preços da commodity apresentam ligeira queda, reflexo da falta de confiança do mercado no comprometimento dos países em cumprir as metas. Novas tensões podem surgir, porém, uma vez que o Irã anunciou que já ultrapassou o estoque de urânio enriquecido autorizado pelo acordo nuclear. O post Trump agora mira Europa; minério de ferro bate recorde e Opep define produção; Previdência e Moro são assuntos no Brasil apareceu primeiro em Arena do Pavini.