Os Exchange-Traded Funds (ETFs) revolucionaram a forma de investir, permitindo acesso fácil e diversificado a múltiplos mercados. Com apenas uma cota de ETF, o investidor ganha exposição a uma cesta de ativos – de ações a títulos, de moedas a commodities – de forma simples e com baixo custo. Diante da popularização desses fundos de índice, vários tipos de ETFs foram criados, cada um com características, vantagens e desvantagens próprias.
Apesar de parecerem semelhantes à primeira vista, os ETFs variam bastante em composição e estratégia. Existem ETFs focados em renda fixa e outros em renda variável, fundos temáticos que investem em tendências específicas, ETFs que adotam estratégias ativas ou passivas, além de estruturas que podem ou não proteger o investidor contra a oscilação cambial. Mas afinal, quais são os principais tipos de ETFs?
Tipos de ativos
Os ETFs podem ser classificados de diversas formas, de acordo com critérios específicos. Sendo organizados segundo a classe de ativos que compõem seus portfólios, a estratégia de investimento adotada, a estrutura operacional do fundo, sua abrangência geográfica e a existência (ou não) de proteção cambial.
📈 Você está prestes a conhecer os principais tipos de ETFs… Mas no fim das contas, o que realmente faz diferença é a estratégia que você usa com eles.
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Classe de Ativos
Em primeiro lugar, essa classificação considera o tipo de ativo subjacente que o ETF possui em sua carteira. Ou seja, em que classe de investimentos o fundo aplica os recursos captados e os mais famosos são:
- ETFs de renda fixa: são fundos de índice lastreados em títulos de dívida, como títulos públicos ou debêntures privadas. Oferecem exposição a índices de renda fixa e costumam ter menor volatilidade que os de ações. Por serem negociados em Bolsa, esses ETFs de renda fixa combinam a estabilidade dos juros fixos com a liquidez de um ativo de renda variável.
- ETFs de renda variável: investem em cestas de ações e acompanham índices acionários, como o Ibovespa ou o S&P 500. São os ETFs mais comuns no mercado e refletem o desempenho de bolsas de valores. Apresentam maior potencial de retorno (e risco) por estarem atrelados a ações, e permitem diversificar em dezenas ou centenas de empresas de uma vez.
- ETFs de criptomoedas: são fundos que aplicam em ativos digitais, como Bitcoin, Ethereum ou cestas de criptoativos. Permitem investir no mercado de criptomoedas por meio da Bolsa, sem precisar comprar moedas diretamente. Esses ETFs seguem índices de criptos e envolvem alta volatilidade, mas facilitam o acesso a esse segmento.
- ETFs de commodities: fundos atrelados a matérias-primas e recursos naturais, acompanhando preços de bens como ouro, petróleo, soja, minério de ferro, entre outros. Eles permitem ganhar exposição a oscilações de commodities sem negociar contratos futuros ou físicas do produto. Costumam usar ativos lastro (como barras de ouro) ou derivativos para replicar o índice.
- ETFs de moedas: esses ETFs replicam o desempenho de moedas estrangeiras ou cestas de moedas. Funcionam como uma forma de investir em câmbio via Bolsa, acompanhando índices cambiais. Podem ser úteis para proteção (hedge) contra a desvalorização do real ou para quem deseja apostar na alta de determinada divisa.
- ETFs multimercado: são fundos de índice que combinam diferentes classes de ativos numa mesma carteira, buscando diversificação balanceada. Podem mesclar ações, renda fixa, moedas e commodities, funcionando como uma carteira multiativos dentro de um único ETF. Costumam ter volatilidade moderada, já que eles ganham em equilíbrio ao unir ativos de naturezas distintas.
Estratégia de Investimento
Em segundo lugar, existe a classe de estratégia de gestão e seleção de ativos. Enquanto alguns seguem estritamente um índice de mercado, outros buscam superar benchmarks ou focar em critérios específicos (como fatores quantitativos ou temas). Os tipos de ETFs mais famosos dessa classe são:
- ETFs passivos: seguem a gestão passiva, ou seja, apenas replicam um índice de mercado de forma automática. O gestor do fundo busca reproduzir a composição e performance do índice de referência, sem tentar “bater o mercado”. Esses ETFs tendem a ter taxas de administração mais baixas e maior transparência, pois divulgam frequentemente as posições do fundo.
- ETFs ativos: são fundos de índice com gestão ativa, nos quais gestores profissionais selecionam ativamente os ativos, buscando superar um benchmark. Embora pouco comuns no Brasil (onde a regulação restringe a gestão ativa em ETFs), lá fora existem ETFs cujos gestores podem ajustar a carteira conforme análises de mercado. Esses fundos geralmente têm custos mais altos e maior rotatividade de ativos.
- ETFs smart beta: também chamados de “ETFs inteligentes“, combinam elementos de estratégias ativa e passiva. Eles seguem índices construídos com base em fatores específicos (valor, crescimento, volatilidade, dividendos, etc.) em vez de apenas peso de mercado. Assim, um ETF smart beta busca retornos aprimorados ou menor risco em relação aos ETFs tradicionais, aplicando regras diferenciadas na seleção de ativos.
- ETFs temáticos: focam em tendências de longo prazo ou setores específicos da economia, espelhando índices temáticos. Em vez de abranger o mercado amplo, eles concentram investimentos em áreas com potencial de crescimento, como tecnologia, energia limpa, saúde, ou outras megatendências. Funcionam como uma forma de apostar em determinados temas econômicos ou sociais.
- ETFs ESG: são fundos de índice que adotam critérios Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) na escolha dos ativos. Esses ETFs selecionam empresas sustentáveis, que atendem a padrões rigorosos em questões de meio ambiente, responsabilidade social e boas práticas de gestão corporativa. O objetivo é alinhar investimentos a valores éticos, ao mesmo tempo em que se busca mitigar riscos associados a problemas socioambientais.
- ETFs de dividendos: têm como foco empresas que mais remuneram acionistas, seja via dividendos ou juros sobre capital. Eles replicam índices compostos por ações de companhias com histórico de altos dividend yields. A ideia é proporcionar ao investidor uma carteira equilibrada de pagadoras de dividendos, gerando fluxo de renda periódico.
Você já conhece a maioria dos tipos de ETFs. Ótimo.
Agora vem a parte que importa: escolher a estratégia certa. Sem ela, é só mais um fundo parado na sua carteira.
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Por estrutura
Em terceiro lugar, outra maneira de diferenciar os ETFs é pela estrutura e metodologia de replicação que eles utilizam. Aqui entram detalhes técnicos de como o fundo reproduz o índice de referência e de que forma ele pode potencializar ou inverter retornos e os mais famosos são:
- ETFs físicos: também chamados de ETFs de replicação física, são os mais tradicionais. Neles, o gestor compra efetivamente os ativos que compõem o índice – seja todos os componentes ou uma amostra representativa – mantendo uma carteira equivalente à do benchmark.
- ETFs sintéticos: nessa estrutura, o fundo não adquire diretamente os ativos do índice, mas sim utiliza derivativos (como swaps, futuros ou forwards) para replicar o desempenho. Um ETF sintético firma contratos com uma contraparte (geralmente um banco) que se compromete a pagar o retorno do índice. Essa abordagem permite acesso a mercados difíceis ou ativos inviáveis de deter fisicamente (por exemplo, commodities como petróleo bruto ou índices estrangeiros restritos).
- ETFs alavancados: são fundos que buscam entregar multiplicadores do retorno diário de um índice, usando alavancagem financeira. Por meio de derivativos e endividamento, esses ETFs prometem dobrar ou triplicar a variação de um índice em um único dia. Assim, se o índice subir 1% no dia, um ETF 2x pode subir cerca de 2% (antes de taxas); porém, se o índice cair 1%, o ETF cairia 2%. São produtos arriscados, voltados a investidores experientes e geralmente para operações de curtíssimo prazo.
- ETFs inversos: conhecidos em inglês como “inverse ETFs”, procuram replicar o rendimento inverso de um índice. Ou seja, buscam ganhar quando o mercado cai, entregando o oposto do desempenho do benchmark. Para isso, usam estratégias com derivativos ou venda a descoberto. Se um ETF inverso acompanha, por exemplo, o Ibovespa, a ideia é que ele suba cerca de 1% quando o Ibovespa cai 1%, e vice-versa. Esses produtos servem como proteção (hedge) em cenários de queda ou para investidores que queiram especular contra um mercado em particular.
- ETFs com estratégias de opções: uma categoria recente e inovadora, reúne ETFs que utilizam operações com opções (calls ou puts) para aprimorar sua performance ou gerar renda. Esses fundos mantêm normalmente uma carteira de ações (ou outros ativos) e, paralelamente, executam estratégias com opções – como venda coberta de calls – para obter prêmios e aumentar o rendimento. O resultado é um ETF que pode pagar dividendos maiores ou reduzir a volatilidade em comparação ao índice puro.
Por exposição geográfica
Os ETFs também podem ser categorizados conforme a abrangência geográfica de seus ativos. Isso indica se o fundo investe apenas no mercado local, em uma região específica do mundo ou em escala global.
- ETFs domésticos: são aqueles que investem somente em ativos de um país específico, normalmente o mercado de origem do investidor. No caso do Brasil, são os ETFs que replicam índices brasileiros ou carteiras de ativos nacionais. Servem para diversificar dentro da economia local, refletindo setores e empresas do próprio país.
- ETFs regionais: fundos que aplicam em mercados de uma região ou bloco de países, oferecendo exposição a um recorte geográfico específico (por exemplo, América Latina, Europa, Ásia, mercados emergentes etc.). Geralmente seguem índices regionais ou compostos por ETFs locais de cada país. Esse tipo de ETF ajuda a concentrar investimentos em economias de determinada zona, aproveitando tendências regionais.
- ETFs Globais: são os fundos com carteira espalhada por todo o mundo, investindo em vários países de diferentes continentes simultaneamente. Tipicamente seguem índices globais amplos, que incluem tanto mercados desenvolvidos quanto emergentes, proporcionando uma diversificação máxima em termos geográficos. Esses ETFs globais permitem ao investidor ter um pedacinho do mercado mundial em sua carteira.
Cobertura cambial
Por fim, uma característica importante nos ETFs internacionais é a exposição cambial. Quando um investidor local aplica em um ETF que possui ativos no exterior (ações ou títulos estrangeiros), ele está sujeito à variação da moeda desses ativos em relação à sua moeda local.
- ETFs com hedge cambial: nesse caso, o fundo adota estratégias para eliminar (ou reduzir) o impacto da variação de moedas estrangeiras sobre o retorno. O gestor costuma usar derivativos (como contratos futuros de dólar) para “travar” a cotação, fazendo com que o desempenho do ETF reflita apenas os ativos em si, descontando o efeito cambial. Assim, o investidor recebe o retorno “puro” do índice internacional, como se não houvesse diferença de moeda.
- ETFs sem hedge cambial: são fundos não protegidos, em que a rentabilidade em reais sofre diretamente a influência da moeda estrangeira. Se o ativo subjacente valoriza mas a moeda cai, isso pode reduzir ou anular o ganho – e vice-versa. Muitos investidores optam por ETFs sem hedge para se beneficiar da alta do dólar quando investem fora, funcionando também como proteção patrimonial em cenários de desvalorização do real. Contudo, essa exposição adiciona volatilidade, já que envolve dois fatores (mercado externo + câmbio).
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Qual o melhor tipo de ETF?
Não existe um tipo de ETF “melhor” universalmente — a escolha ideal depende do seu perfil como investidor, objetivos financeiros e horizonte de tempo. Alguns investidores podem se beneficiar mais de ETFs focados em dividendos, enquanto outros podem preferir ETFs que buscam valorização de longo prazo ou proteção contra inflação.
No entanto, existe uma estratégia inovadora que tem chamado a atenção: o Super ETF. Esta abordagem combina ETFs diversificados com operações estruturadas, permitindo que investidores recebam rendimentos mensais através de dividendos sintéticos, mesmo quando o mercado está estagnado.
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