Saraiva cai mais de 7%, com lucro de R$ 18 mi em abril
09 junho 2020 - 16h28Por Investing.com
Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta terça-feira, as ações da Livraria Saraiva (SA:SLED4) operam com forte queda. A companhia anunciou que reverteu o prejuízo de R$ 24,5 milhões para lucro de R$ 18 milhões na comparação entre os meses de abril de 2019 e 2020. Os números são divulgados a cada mês como parte das obrigações do processo de recuperação judicial.
Por volta das 16h20, os papéis preferenciais perdiam 7,14% a R$ 1,04.
No período, as vendas líquidas da empresa foram de R$ 7,3 milhões, representando uma queda de 86,5% sobre os R$ 54,4 milhões registrados um ano antes. Já o custo de vendas da empresa em abril foi de R$ 4,2 milhões, quase dez vezes inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
Recuperação judicial
Passados oito meses do acordo de recuperação judicial, a Saraiva se viu obrigada a renegociar com credores devido ao fechamento temporário do comércio no país. A companhia tem 97% de suas lojas em shoppings, setor que está iniciando um processo gradual de reabertura. Em abril, a rede tinha um total de 70 lojas.
Em maio, a Saraiva informou em comunicado a funcionários o fechamento de sete pontos em shoppings. Além disso, outras 12 eram considerados como “possíveis fechamentos”, segundo reportagem do Valor.
Agora, a Saraiva está em negociação com credores para novas condições do plano de recuperação judicial. A contar de abril, a empresa tem 60 dias para apresentar a proposta e mais 30 dias para objeções. A companhia chamou a Galeazzi & Associados para ajudar a montar o plano.
Conselho
Na última sexta-feira, a rede informou que quatro dos cinco membros do colegiado apresentaram pedido de substituição e renúncia, incluindo seu presidente, Jorge Saraiva Neto. Apesar disso, o jornal disse, que ele deve voltar a ser indicado pelos controladores numa nova chapa. Sua renúncia, e com a saída da maioria dos membros, será realizada uma assembleia de acionistas sobre as mudanças no colegiado.
Também pediram para sair do conselho o vice-presidente do conselho, Augusto Cruz Filho, e os conselheiros Antônio Salvador dos Santos e Maria Cecília Gonçalves.
