quarta, 24 de abril de 2024
Rumo

Rumo tem prejuízo de R$ 136 mi no 1º trimestre e cai mais de 3%

28 maio 2020 - 11h29Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta quinta-feira na B3, as ações da Rumo (SA:RAIL3) operam com perdas acima do Ibovespa hoje, depois de a companhia reportar que passou do lucro para o prejuízo no primeiro trimestre, refletindo menores volumes transportados, ajustes em instrumentos financeiros e pagamento de outorga de concessão. Braço logístico da Cosan (SA:CSAN3), a companhia não foi atingida por medidas de isolamento para conter a Covid-19, que afetaram a grande maioria dos setores da economia. Ainda assim, o conjunto de fatores operacionais, financeiros e tecnológicos a levaram a uma perda líquida ajustada de R$ 136 milhões no período, ante lucro de 27 milhões um ano antes. O consenso dos analistas de mercado era lucro líquido de R$ 50 milhões. Por volta das 10h36, as perdas eram de 3,8% a R$ 22,56. O Ibovespa registrava baixa de 0,75% a 87.282 pontos.

Visão dos analistas

Para o BTG Pactual, apesar de as perspectivas fracas para os resultados do primeiro trimestre, os analistas esperam uma forte exibição no segundo trimestre, pois prevêem volumes impressionantes de soja durante o período. A equipe destaca que a Rumo continua sendo a principal opção de transporte devido à sua história de volume protegido, com seus negócios se mostrando resilientes em meio a uma intensa turbulência no mercado. Além disso, a companhia se beneficia do crescimento das exportações de grãos do Brasil, bem como da alavancagem operacional da expansão da capacidade. O banco destaca que além de explicar os resultados do primeiro trimestre, a empresa também fornecerá mais informações sobre a renovação de contratos da Malha Paulista hoje, o que deve ajudar o mercado a avaliar adequadamente o potencial positivo do projeto. Apesar da renovação do contrato, eles não esperam grandes mudanças no plano de investimentos da empresa.

Balanço

O volume transportado no período caiu 7,6% ano a ano, a 12,3 bilhões de toneladas equivalentes (TKU), com a entrada tardia da safra de soja, o menor estoque de passagem de milho em janeiro e chuvas acima da média na serra e no Porto de Santos. Assim, a receita líquida de 1,424 bilhão de reais, foi 13% menor do que um ano antes. Com menor demanda por fretes, a empresa teve que reduzir a tarifa em 7%. O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado foi de 653 milhões de reais, queda de 18,6% ano a ano. O desempenho operacional ainda foi afetado por um ataque hacker em meados de marco, que atingiu todo o grupo Cosan. Entre outra frente, o resultado financeiro foi impactado por valor de 160 milhões de reais relativos a ajustes na estimativa de mensuração do valor justo dos instrumentos financeiros.