quinta, 18 de abril de 2024
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Restoque otimista com renegociação de dívidas; Fitch vê riscos de inadimplência

25 junho 2020 - 13h49Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - Apesar do cenário negativo para o setor, e principalmente para a Restoque (SA:LLIS3), o presidente do conselho de administração da companhia, Marcelo Lima, acredita que mesmo com as margens pressionadas em 2020, o acordo de reestruturação das dívidas foi benéfico ao grupo, afirmando que a varejista está bem para sair da crise. As declarações foram dadas em entrevista exclusiva para a Coluna do Broad, do Estadão. As ações operam em queda nesta quinta-feira, com perdas de 0,95%, a R$ 7,33, por volta das 13h48 horas. O acordo homologado pela Justiça dá para a companhia uma trégua até abril de 2021 para honrar os compromissos relacionados a uma dívida de R$ 1,4 bilhão junto a bancos e debenturistas. O executivo da dona das marcas Le Lis Blanc (SA:LLIS3), Dudalina, John John, entre outras, destacou na entrevista que as margens serão afetadas pois perderam três meses de vendas com preço cheio e também o Dia das Mães. A companhia também não espera a recuperação imediata do ritmo de vendas imediata. Assim, a Restoque pretende suavizar a pressão no seu resultado, após a queda abrupta nas vendas deste ano, com a administração do seu estoque atual e promoções. Em virtude da perspectiva de uma recuperação lenta das vendas até o final do ano, Lima explica que a encomenda de alguns produtos foi reduzida ou adiada, mas que as importações foram mantidas em 90%. Desde de o anúncio do início do mês de um acordo de recuperação extrajudicial, as ações da Restoque acumularam perdas de mais de 20% até o último dia 15. Além disso, na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch, que espera queda de receitas de 47% neste ano. A avaliação da Fitch é que a Restoque opera com liquidez muito reduzida, substancial queima de caixa e expectativa de piora acentuada para o segundo trimestre. A conclusão é que a empresa está entre as varejistas que apresentam riscos de refinanciamento mais elevados, expostas a eventos de inadimplência ou reestruturação forçada das dívidas no curtíssimo prazo.