sexta, 19 de abril de 2024
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XP inicia Aeris com Compra por visão construtiva para energia eólica, ESG

26 janeiro 2021 - 15h23Por Investing.com

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - A XP Corretora iniciou a cobertura da Aeris com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 15, apontando que a empresa reúne uma participação relevante em um segmento de ampla expansão global, o de energia eólica, múltiplos atrativos em relação a outras companhias de energia renovável e posicionamento ideal para surfar na onda de ESG, ou Governança Ambiental, Social e Corporativa.

Segundo a corretora, a energia eólica deve ser a principal fonte de crescimento dentre as diferentes fontes renováveis no futuro próximo e pode representar 21% da capacidade energética global até 2050.

Com isso, os analistas apontam que a Aeris, uma das maiores produtoras independentes de pás eólicas do mundo, com 5% de participação de mercado e 70% de no mercado brasileiro, está muito bem posicionada para continuar expandindo nos próximos anos, se beneficiando da decisão de algumas fabricantes de turbinas de terceirizar parte da produção de pás e focar em atividades principais.

Atualmente, a energia eólica representa cerca de 9% da matriz energética brasileira, de acordo com o Escritório de Pesquisa Energética, mas a expectativa, segundo a XP, é que a participação duplique até 2029, chegando a 17%. Além disso, o fator de capacidade brasileiro superior à média global apresenta uma das taxas de retorno mais atrativas do mundo para geradores de energia eólica, escrevem.

Os analistas também apontam que o sistema de produção verticalizado da companhia, atrelado às operações altamente tecnológicas, deve ajudar a prevenir novos entrantes e sustentar resultados acima da média do setor.

Para a corretora, apesar da alta generalizada das ações de empresas relacionadas ao setor de energia renovável após a vitória de Joe Biden na eleição presidencial americana, a Aeris segue descontada em 26% em relação à média do setor, mesmo que o múltiplo de 30 vezes o preço sobre o lucro pareça caro.

Perto das 15h23, os papéis caíam 2,51%, a R$ 12,08, com alta acumulada 26,6%.

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