Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Os papéis da Raia Drogasil (SA:RADL3) caíam 3,54% nesta quarta-feira (12) após a companhia registrar lucro líquido de R$ 188,8 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de quase 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, com expansão de receita e da rede de atendimento.
Perto das 14h38, a ação era negociada a R$ 25,88, com queda acumulada de 1,71% nos últimos trinta dias e alta de 18,55% nas últimas 52 semanas.
Para os analistas da Mirae Asset, no geral, foi um bom resultado, ainda que dentro das expectativas.
Eles esperam que as vendas aumentem nos próximos meses, com a reabertura da economia e consequentemente menor consumo de caixa. Mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 30.
Para os analistas da XP, a RD reportou sólidos resultados, com destaque para o forte desempenho de vendas mesmas lojas, com alta de 8,6% na base anual, a penetração de vendas digitais em um nível recorde de 7,7% e ganho de participação de mercado nacional e em todas as regiões.
Além disso, a companhia divulgou dados preliminares da performance em abril, com forte crescimento das vendas mesmas lojas, de 22% no total.
Eles acreditam que parte do forte desempenho da companhia em abril pode ser explicado pelo reajuste de preços de medicamentos efetivo a partir de 1º de abril, o que deve contribuir positivamente para os resultados do setor no curto prazo.
Ainda assim, eles mantiveram a recomendação Neutra, com preço-alvo de R$ 27 por ação para o fim de 2021 por considerarem os múltiplos da companhia como justos.
Já os analistas da Ativa Investimentos apontaram que a estratégia de omnicanalidade
da companhia e suas iniciativas digitais também apresentaram evolução no primeiro trimestre de 2021, atingindo a marca de 7,7% das vendas totais da empresa.
Eles escrevem que esse resultado mostra que a companhia vem se transformando numa plataforma multicanal, algo extremamente importante em um ambiente e setor cada vez mais competitivo.
Além disso, veem a expansão geográfica e o foco em formatos populares e híbridos como um potencial acelerador de crescimento para as vendas da companhia.
De negativo, os analistas apontaram para uma participação de mercado em São Paulo pressionada e um consumo de caixa bem maior na comparação anual por conta de um pior ciclo de caixa.