sexta, 03 de maio de 2024
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Raízen (RAIZ4): balanço do 4T deve gerar reação negativa para ação, diz XP, após analisar prévia

Casa identificou incertezas e preocupações que devem rodear a empresa nos próximos trimestres

27 abril 2024 - 09h00Por José Chacon
 - Crédito: Divulgação

A prévia operacional da Raízen (RAIZ4), referente ao quarto trimestre de 2023, trouxe uma série de preocupações e incertezas sobre o desempenho futuro da empresa, segundo a XP Investimentos.

Isso porque, os resultados relacionados ao etanol ficaram abaixo das expectativas da casa, com volumes 23% abaixo do esperado e preços médios 5% menores.

Na visão da XP, isso deve impactar negativamente o EBITDA (lucro antes juros) ajustado em aproximadamente 10%, refletindo uma demanda mais fraca do que o previsto para o biocombustível.

Por outro lado, os volumes de açúcar superaram as expectativas em 31%, impulsionados por embarques acima do esperado.

"No entanto, os preços ficaram 12% abaixo das estimativas, o que, combinado, deve afetar positivamente o EBITDA ajustado da Raízen em cerca de 5% no quarto trimestre de 2024", projeta XP.

Os volumes de mobilidade também ficaram ligeiramente abaixo das expectativas, o que também terá um impacto negativo no EBITDA ajustado da empresa em cerca de 2% no último trimestre de 2024.

Além disso, a estratégia de manter estoques elevados de etanol, embora tenha se mostrado eficaz durante a entressafra, levanta questões sobre a gestão do capital de giro da empresa.

Diante disso, a XP Investimentos expressa uma visão cautelosa sobre o futuro da Raízen.

"A incerteza sobre a estratégia de manter estoques elevados de etanol, combinada com a expectativa de volumes mais fracos do que o esperado, contribui para uma perspectiva de riscos de queda nos resultados da empresa", comenta a casa.

Por isso, uma série de baixas estão nas estimativas da XP sobre a Raízen, como a de -1% na receíta líquida do período, com R$ 54,216. No EBTIDA, a baixa projetada é de 33%, a R$ 3,9 bilhões. 

No lucro líquido, a queda deve ser de R$ 406 milhões, segundo as estimativas da XP.

Com isso, a casa espera uma reação negativa no preço das ações da Raízen, refletindo as incertezas e os riscos identificados sobre o futuro.