Às 14:17 desta sexta-feira (29), as ações de Multiplan (MULT3) caíam 3,17%, ao preço de R$ 23,82 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do segundo trimestre da companhia.
A empresa registrou ganhos líquidos de R$ 172,5 milhões no segundo trimestre, um avanço de 84% em doze meses. Os papéis reagiam mal, mas a aprovação entre analistas parece ter sido unânime.
A Genial Investimentos destaca que para a operadora de shoppings, o pior da pandemia já passou. Isso porque seus ativos apresentam resultados muito acima do histórico e voltaram a garantir crescimento real (mesmo com inflação de 23,8% nos últimos três anos) e boa geração de caixa.
A corretora seguiu com recomendação de compra para Multiplan e uma boa visão do setor de shoppings como um todo, que segue muito descontado em relação ao valor justo de suas propriedades.
O BB Investimentos destacou a evolução em indicadores operacionais que sinalizam o vigor da recuperação, como o crescimento de 58,5% em vendas mesmas lojas, 46,6% em aluguel mesmas lojas, elevação de 1,3 p.p. a/a da taxa de ocupação, além da redução do custo de ocupação e da inadimplência líquida em 101 bps e 156 bps a/a, respectivamente.
Contudo, o banco pontuou que as margens vieram, no geral, inferiores na comparação anual e às estimativas, o que reflete em elevação das despesas com propriedade e outras despesas relacionadas à eventos não recorrentes de marketing.
Mas foi mantida a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30,30.
O UBS BB, por sua vez, somou-se ao grupo e recomendou compra, com preço-alvo de R$ 34,50, apesar de que a composição mensal de vendas dos lojistas no período e os números preliminares de julho apontarem para um possível arrefecimento do dinamismo da empresa (+ 33% em abril, +30% em maio, + 23% em junho).
Já o Morgan Stanley classificou a ação como equal-weight, com preço-alvo de R$ 24,00.
Analistas veem menos vantagens para a Multiplan do que para seus concorrentes e dizem não estar convencidos de que o crescimento por desenvolvimento possa agregar valores ao setor de shoppings no Brasil nesta fase.
Eles ressaltaram que os números sólidos foram mais uma vez apoiados pelo desempenho superior de ativos de primeira linha, como Morumbi, Village Mall e BarraShopping.