Movida (MOVI3) desaba após balanço do 2º tri. Como Morgan Stanley e XP avaliam os resultados?

- Crédito: Divulgação/Movida

Às 11:18 desta terça-feira (2), as ações de Movida (MOVI3) caíam 4,07%, ao preço de R$ 12,48 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do segundo trimestre da companhia.

A companhia reportou lucro líquido de R$ 186,8 milhões, alta de 7,4% sobre o mesmo intervalo do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (EBITDA, na sigla em inglês) totalizou R$ 905,3 milhões.

Morgan Stanley

Analistas do Morgan Stanley classificam a ação como equal-weight, com preço-alvo de R$ 21,00.

Embora os resultados operacionais gerais não tenham variado significativamente como as expectativas, o banco vê que a sequência de Seminovos maior do que o esperado, a diminuição da lucratividade, níveis de depreciação de automóveis acima do esperado e o déficit de lucro líquido relacionado podem decepcionar um pouco os investidores.

No positivo, segundo a Morgan Stanley, a Movida apresentou uma evolução favorável do yield de GTF e manteve sua alavancagem de 3,0x, ao mesmo tempo em que atingiu um nível recorde de compra de carros no trimestre (que sugere uma normalização na oferta de carros), com 20,4 mil
Carros RAC e 12,4k GTFcars comprados.

Além disso, a ocupação mencionada da evolução da taxa poderia aliviar as preocupações dos investidores sobre o cenário de demanda, acredita o banco.

XP

Para a XP, a Movida apresentou bons resultados, apesar de estritamente em linha com as estimativas).

Analistas destacaram:

(i) crescimento contínuo nos segmentos de aluguel, com receitas de RaC (“Rent-A-Car”) e GTF (Gestão e Terceirização de Frotas) melhores, além de níveis estáveis de rentabilidade, uma vez que as margens EBITDA permanecem saudáveis em 60% e 72%, respectivamente;

(ii) desempenho positivo de Seminovos impulsionado pelo crescimento de volume (+9% T/T), o que possivelmente indica melhor disponibilidade de carros novos pelas montadoras, embora a margem operacional de Seminovos tenha diminuído -4,3p.p. sequencialmente;

(iii) melhoria contínua do ROIC UDM, em 17,1%, que levou a um aumento de 9,4p.p. do spread em relação ao custo da dívida; e

(iv) maiores despesas financeiras líquidas (+39% T/T), o que impactou o lucro líquido.

Analistas reiteraram visão positiva para o setor e a recomendação de compra para Movida (MOVI3), com preço-alvo de R$ 26,00.