sexta, 19 de abril de 2024
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Lojas Renner: flexibilização de capital com follow-on facilita M&As;, diz Goldman

O banco recomenda compra para os papéis da varejista

20 abril 2021 - 08h37Por Investing.com

Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com - Após ter confirmado um follow-on que deve levantar entre R$ 4,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões, considerando o valor do fechamento da última sexta-feira (16), a Lojas Renner (SA:LREN3) detalhou, em teleconferência com analistas nesta segunda-feira (19), as características da oferta e a possível destinação dos recursos.

Segundo relatório do Goldman Sachs, ainda que a gestão tenha afirmado que não há nenhuma negociação ativa, o follow-on irá aumentar significativamente a flexibilidade de alocação de capital da companhia, posicionando-a para possíveis M&As. 

As áreas de foco para aquisições da empresa, segundo o banco, seriam entregas, análise de dados e consumidores, tecnologia e marketplace. Isso, na visão do GS, poderia ajudar a Lojas Renner a alavancar sua estratégia omnicanal e seu ecossistema.

O banco recomenda Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 49. No fechamento do mercado desta segunda-feira, o papel tinha queda de 3,31%, a R$ 45,35 - na mesma direção do Ibovespa, que fechou o dia em baixa de 0,15%, aos 120.934 pontos.

Mais do que isso, a flexibilidade adicional no balanço, segundo a administração da varejista, permite a busca de oportunidades orgânicas e inorgânicas para se tornar um ecossistema líder de moda e lifestyle; acelerar a transformação digital; acelerar o plano de investimento em lojas físicas e centros de distribuição; e expandir a oferta de serviços financeiros.

Atualmente, na análise do Goldman, a alavancagem da companhia, em 1,6x dívida líquida/Ebitda, está confortável e apropriada para a sua estratégia de crescimento, “mas flexibilidade adicional de alocação de capital seria bem recebida pelos investidores”, aponta o banco. 

Nessa frente, as projeções do GS são de 1,9x em meados de 2021, 1,5x ao fim de 2021 e 1,1x em 2022. Em termos de Ebitda ajustado, a expectativa do banco é de R$ 1,6 bilhão em 2021.

Os principais riscos para a performance da companhia, segundo o Goldman, são: curva de reabertura mais fraca do que o esperado; crescimento de vendas nas mesmas lojas mais lento do que o previsto; riscos de execução do omnicanal; e problemas no negócio de oferta de serviços financeiros.