sábado, 04 de maio de 2024
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Itaú (ITUB4): XP eleva preço-alvo e vê espaço para dividendos mais generosos

A casa se baseia, entre outros fatores, na sólida administração do banco, que tem demonstrado capacidade de alcançar maior eficiência e o mantém como um dos líderes em rentabilidade

27 setembro 2023 - 10h33Por José Chacon

A XP Investimentos atualizou suas estimativas para o Itaú (ITUB4). A casa projeta preço-alvo de R$ 35,00 por ação para 2024, mantendo recomendação de compra e R$ 34,00 por ativo para o final deste ano.

 

Para isso, a XP considera o início da estabilização dos créditos não produtivo (NPL na sigla em inglês), o ciclo de afrouxamento monetário, atividades mais intensas nos mercados de capitais e Índices de capital saudáveis, abrindo espaço para uma remuneração (payout) mais alta.

 

“Esperamos um maior apetite por crédito impulsionando um crescimento mais forte da carteira de crédito ao longo deste segundo semestre. Isto, combinado com um menor custo do crédito e com NPL abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional, deverá sustentar a dinâmica positiva dos lucros do do banco”, dizem Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, analistas da casa.

 

O trio afirma que apesar dos acontecimentos adversos dos últimos anos, como a pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia, aliados ao aumento da concorrência doméstica na última década, o Itaú conseguiu manter um nível saudável de rentabilidade. 

 

“Isso pode ser atribuído, em grande parte, à maior eficiência e ao melhor desempenho no segmento de Atacado. Além de um melhor cenário macroeconômico pela frente”, destacam.

 

Na visão dos analistas, o Itaú também decorre positivamente da sólida capacidade de execução de sua alta administração, que tem demonstrado capacidade de alcançar maior eficiência e manter o banco como um dos líderes em rentabilidade.

 

A princípio, o banco está negociando, atualmente, uma avaliação atrativa de 6,8x P/L e 1,3x P/VP, que está abaixo dos seus múltiplos históricos de 7,9x e 1,6x, respectivamente. 

 

“Acreditamos que este desconto pode ser exagerado, mesmo quando se leva em conta o potencial fim do juros sobre capital próprio (JCP) e os riscos associados a um potencial limite nas taxas de juros do rotativo”, acrescentam os analistas.


“Com isso, mantemos um olhar positivo para as perspectivas da empresa, e seu valuation abaixo da média histórica reforça nossa convicção de que se trata da nossa preferência no setor”, conclui a casa