sábado, 04 de maio de 2024
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Isa CTEEP (TRPL4): dividendos extraordinários em risco? Veja o que diz a Genial!

Evolução da alavancagem após assunção do Lote 1 arrematado em leilão no mês de junho pode prejudicar a distribuição de proventos

29 agosto 2023 - 13h00Por Lucas de Andrade
Isa CteepIsa Cteep - Crédito: Isa Cteep - Logotipo

Em fato relevante encaminhado a acionistas, investidores e ao mercado em geral na última segunda-feira, 28 de agosto, a Isa CTEEP (TRPL4) informou que seu conselho de administração tomou conhecimento da habilitação da companhia para o Lote 1 nos termos ofertados pela companhia no leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no dia 30 de junho.

Dessa forma, a Isa CTEEP sagra-se vencedora do Lote 1, com lance de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 284 milhões para a execução do projeto que se localiza nos estados da Bahia (BA) e Minas Gerais (MG).

O ativo possui um investimento ANEEL de R$ 3,15 milhões, três subestações com capacidade de transformação de 3.177 MVA e construção de 1.093 quilômetros de linhas de transmissão.

 

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A Genial Investimentos avalia que a assunção do novo projeto deve ser positiva para a empresa, se considerarmos não apenas o tamanho do projeto como os termos esperados para o desenvolvimento do mesmo (margem EBITDA 90-95%, alavancagem 80-85%, antecipação de entrada operacinal entre 12-24 meses, benefício fiscal Sudam-Sudene, entre outros).

Como pontos de atenção para o case, analistas citam a evolução da alavancagem da empresa (soft-guidance de 3-4x Dívida Líquida/EBITDA 25-26E, de acordo com a empresa).

De acordo com o analista Vitor Sousa, esse movimento deve acabar por limitar a capacidade da empresa em pagar dividendos extraordinários – e “entendemos que parte do apelo de se investir na empresa vem exatamente do pagamento de dividendos, o que pode frustrar uma parcela dos investidores a despeito da qualidade dos termos dos projetos adquiridos e a sua respectiva geração de valor que deve ser capturada ao longo dos anos”.

A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 28,00 por papel.