sábado, 04 de maio de 2024
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Hypera (HYPE3): BTG diminui preço-alvo e mantém recomendação neutra, após balanço do 4T decepcionar

Banco analisou dados do período e demonstrou cautela para ação, devido às incertezas quanto ao futuro financeiro da empresa

14 março 2024 - 10h43Por José Chacon
Hypera PharmaHypera Pharma - Crédito: Hypera Pharma/Getty Images

As ações da Hypera (HYPE3) abriu em queda nesta quinta-feira (14), após a companhia divulgar um balanço do quarto trimestre abaixo das estimativas do mercado e marcado por queda no lucro líquido. Por volta das 10:30, os papéis HYPE3 caía 3,17%, cotados a R$ 32,96.

Apesar dos resultados financeiros decepcionar, para o BTG Pactual eles refletem uma performance aquém do esperado, com uma série de métricas financeiras apresentando quedas significativas em relação ao ano anterior.

No EBITDA (lucro antes juros), a Hypera sofreu uma redução de 21% em comparação com o mesmo período de 2022, com R$ 580 milhões, enquanto o lucro líquido ficou 17% abaixo das projeções do BTG, a R$ 308,10 contra R$ 369 milhões projetado pelo banco.

Para o BTG, a geração de fluxo de caixa livre (FCF) foi o único aspecto positivo, apresentando um desempenho razoável.

As receitas líquidas da empresa diminuíram 13% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 1,85 bilhões, uma cifra 8% inferior às estimativas do BTG. Essa queda foi atribuída a uma desaceleração nas vendas no segundo semestre de 2023.

Além disso, a margem de EBITDA caiu para 31,4%, representando uma redução de 320 pontos-base em relação ao ano anterior.

A desaceleração no crescimento das vendas também foi um ponto de preocupação elencado no relatório, com um aumento de apenas 3,8% em relação ao ano anterior. Isso foi atribuído a uma mistura desfavorável de produtos, com vendas mais fracas de medicamentos para gripe, respiratórios, dor e febre.

Para o ano fiscal de 2024, a HYPE3 divulgou uma orientação ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. O crescimento esperado na linha superior é de 8,7%, com um EBITDA ajustado de R$3 bilhões, representando um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

No entanto, o BTG observou que a empresa não conseguiu cumprir suas projeções para o ano fiscal de 2023.

Além disso, a companhia anunciou um novo programa de recompra de ações, indicando sua confiança em sua capacidade de gerar fluxo de caixa e criar valor para os acionistas.

Diante disso, o BTG manteve sua classificação neutra para a ação, destacando a incerteza em torno da sustentabilidade dos incentivos fiscais da empresa.

Com isso, o banco revisou suas estimativas e reduziu o preço-alvo das ações de R$ 42,00 para R$ 39,00 por HYPE3, refletindo uma cautela contínua em relação ao desempenho futuro da empresa.