domingo, 28 de abril de 2024
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Grupo Mateus (GMAT3): o que o contrato de venda e arrendamento com TRX significa?

Cinco imóveis da varejista serão vendidos por um total de R$ 234,8 milhões e a empresa já recebeu R$ 100 milhões de entrada

22 dezembro 2023 - 14h46Por Lucas de Andrade
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O Grupo Mateus (GMAT3) firmou um acordo com o fundo de investimento imobiliário (FII) TRX Real Estate (TRXF11) para venda e arrendamento de cinco de seus imóveis.

Os cinco imóveis serão vendidos por um total de R$ 234,8 milhões e a empresa já recebeu R$ 100 milhões de entrada.

O valor total vai servir de base para determinação do valor efetivo do aluguel que o Grupo Mateus vai pagar. O valor se sujeita a alterações caso as partes eventualmente tenham que retirar ou substituir alguma das lojas do contrato.

De acordo com o edital, ainda existem condições precedentes para que a venda dos imóveis seja definitiva, sob as quais os contratos de locação terão prazo de vinte anos. 

Para o Bradesco BBI, o anúncio foi positivo, uma vez que a varejista possui uma posição saudável de caixa, com relação Dívida Líquida /EBITDA controlada de 1,2x, embora a empresa passe atualmente por um plano de expansão acelerado.

No entanto, como o atual investimento anual de Mateus gira em torno de R$ 1 bilhão, um adiantamento de R$ 235 milhões deve aumentar a capacidade de investimento da empresa no curto prazo, na opinião dos analistas Felipe Cassimiro e Flávia Meireles.

Dito isso, ainda veem um cenário competitivo desafiador para a empresa nos próximos doze a dezoito meses, à medida que os operadores históricos do varejo alimentar, como Carrefour Brasil (CRFB3) e Assaí (ASAI3), prosseguem com os seus planos de conversão na região Sudeste e voltam suas atenções para o Nordeste, o que poderia impactar o potencial de crescimento das vendas para o Grupo Mateus.

Além disso, veem as ações bem precificadas, negociadas em 11,2x o múltiplo P/L para 2024, e consideram a projeção de uma geração limitada de caixa nos próximos anos, devido ao impacto da grande expansão na margem EBITDA da empresa, além de uma pior dinâmica de capital de giro frente aos seus pares.