quarta, 24 de abril de 2024
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Gerdau prevê demanda forte em 2021; Goldman Sachs tem recomendação Neutra

21 janeiro 2021 - 17h53Por Investing.com
 - Crédito: Josue Isai Ramos Figueroa via Unsplash

Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com - A Gerdau (SA:GGBR4) tem previsões muito positivas para 2021, principalmente devido à força do setor de construção civil e ao reabastecimento da cadeia de produção, disseram Marcos Faraco, diretor de operações no Brasil, e Harley Scardoelli, CFO, em reunião com o Goldman Sachs na quarta-feira (21).

O banco tem recomendação Neutra para a ação da companhia, com preço-alvo de R$ 27,50. Por volta das 17h53, o papel era negociado em baixa de 0,12%, a R$  25,11, em linha com a baixa de 1,14% do Ibovespa, que operava aos 118.280 pontos.

Na visão da Gerdau, os volumes devem crescer entre 6% e 8%, devido principalmente a um primeiro semestre muito melhor do que o do ano passado. Além de prever uma demanda fortalecida, a Gerdau disse esperar ainda que as margens permaneçam elevadas, com aumentos nos preços compensando a pressão inflacionária sobre os custos de matérias-primas.

O ano de 2020 já havia sido positivo para a Gerdau. O consumo de aços longos no Brasil cresceu 4% na comparação anual, impulsionado pela força do setor de construção civil, que se favoreceu das baixas taxas de juros; do auxílio emergencial; e do aumento no número de reformas. 

Em aços planos, a Gerdau aponta que ganhou market share ao longo do ano, sobretudo por ter retomado suas operações antes de seus concorrentes.

Outro fator mencionado pela companhia são o potencial plano de infraestrutura dos EUA, que pode se traduzir em um aumento entre 3% e 5% na demanda de aço por cerca de cinco anos ou mais.

Na avaliação do Goldman Sachs, os principais riscos de upside para a ação são um volume de exportação de aço maior do que o esperado; preços mais altos do que o previsto para o aço; real mais fraco do que o esperado e custos mais baixos do que a projeção.

Os riscos de downside, por outro lado, são uma deterioração no preço do aço na China, um atraso na recuperação da demanda no Brasil, uma possível desaceleração na demanda dos EUA, preços mais baixos do aço e uma inflação de custos maior do que a esperada.