A fabricante de autopeças Fras-le (FRAS3), que antes recebia recomendações neutras do Santander, passou a ter a compra de suas ações recomendada pelo banco na última segunda-feira (18).
A instituição financeira acredita que a empresa mereça destaque devido aos últimos resultados trimestrais reportados, bem como aquisições recentes da empresa. Os analistas do banco enxergam aumento de rentabilidade dentro da Fras-le, estimando que a empresa apresente uma margem Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre 17% e 18% no futuro, acima da média histórica que oscila entre 13% e 15%.
A margem Ebtida da empresa no segundo trimestre ficou em 20,3%, registrando um aumento de 4,3 pontos percentuais ante o mesmo período no ano anterior. O lucro líquido, por sua vez, foi somado em R$ 97 milhões, alta de 45% no período de um ano. Para 2023, o Santander prevê lucro de R$ 407 milhões, o dobro do visto no ano passado.
"O seu portfólio altamente diversificado, aprimorado por meio de aquisições, permitiu que a empresa focada em materiais de fricção se tornasse uma potência no mercado de reposição, fornecendo componentes de veículos não opcionais (essenciais) que estão em constante demanda", disseram os analistas Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem.
O relatório continua: "Vemos uma combinação de avaliação das ações versus crescimento orgânico para os próximos anos como atraente em uma base relativa", afirmou o banco.
Foi ressaltado que a alta exposição ao mercado de reposição, que representou 89% da receita, pode garantir um perfil considerado defensivo para a companhia, uma vez que não há comportamento cíclico dentro do segmento.
Além disso, os analistas enxergam uma possibilidade de expansão inorgânica para a Fras-le, abrindo caminhos em outros lugares, como na América do Norte, no próprio Brasil e Europa.
O preço-alvo estabelecido pelo banco para o fim de 2024 foi de R$ 20, e substitui a projeção de R$ 12 para o fim deste ano. Por volta de 11h42 desta terça-feira (19), as ações da Fras-le (FRAS3) registravam alta de 2,57%, a R$ 15,15.