quarta, 08 de maio de 2024
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Dividend yield de até 19,60%: com Selic a 10,75%, veja as ações que pagam dividendos acima dos juros

A XP listou, dentre as ações sob sua cobertura, três empresas que podem dar um retorno acima do patamar atual da taxa básica

03 fevereiro 2022 - 08h30Por Redação SpaceMoney
Moedas de R$ 1Moedas de R$ 1 - Crédito: REUTERS/Bruno Domingos

Como amplamente esperado, o Banco Central, em mais uma reunião de seu Comitê de Política Monetária (Copom), elevou a taxa Selic em 1,5 p.p. para 10,75% ao ano.

Essa foi a oitava elevação consecutiva dos juros básicos brasileiros, que voltam ao patamar dos dois dígitos após cinco anos. Trata-se do maior patamar da taxa Selic desde 2017 e o maior ciclo de altas desde 2002.

Apesar da alta na taxa Selic, de 9,25% para 10,75% ao ano, as ações conhecidas por distribuir bons e recorrentes dividendos ainda superam a taxa básica de juros.

Nesse sentido, os rendimentos de dividendos acima da taxa de juros para algumas empresas são vistos como uma boa oportunidade pois os investidores possuem uma “garantia” de retorno, além de seus possíveis ganhos com a performance da ação.

Ou seja, além da possibilidade de ganho de capital, o investidor conta também com uma rentabilidade adicional na forma de proventos.

Dessa forma, a XP listou, dentre as ações sob sua cobertura, as empresas que podem pagar um dividend yield (DY) acima de 10,75% ao ano. São eles:

Fontes: Bloomberg e XP Research.

Dividend yield calculado com base nos preços de fechamento do dia 1 de fevereiro de 2022.

Petrobras (PETR4)

Analistas da XP veem 2022 com muito otimismo para a companhia. 

Os estrategistas Fernando Ferreira e Jennie Li e a analista Rebecca Nossig escrevem que a Petrobras tem reafirmado seu compromisso com o crescimento de produção no pré-sal, o programa de venda de ativos e o foco no retorno do capital.

Além disso, veem a Petrobras como uma das maiores pagadoras de dividendos atualmente.

Caso a companhia continue a operar da forma que vem nos últimos anos (dentro do cenário-base da XP), a soma dos dividendos de 2022 a 2026 pode totalizar aproximadamente 100% do market cap.

Para 2022, o dividend yield de 19,60% esperado supera os 14% dos concorrentes russos e os 4,2% dos pares ocidentais.

Banco do Brasil (BBAS3)

Para os analistas da XP, o banco combina:

i) preço atrativo, pela sua carteira de crédito defendida e pela soma das partes atraente;

ii) índice de cobertura confortável em 323,0% e bem capitalizado com índice de capital nível I de 16,5%; e

iii) uma frente digital competitiva.

Ferreira, Li e Nossig afirmam que a distribuição de dividendos do banco deve se tornar relevante, pois o banco deve aumentar seu payout em um cenário de:

i) maior capitalização;

ii) recuperação de lucros;

iii) Previ I com superávit de R$ 22 bilhões; e

iv) um atrativo 0,6x P/VP 2022. 

A XP reitera sua recomendação de compra para Banco do Brasil, e preço-alvo de R$ 52,00 por ação.

Engie (EGIE3)

A XP acredita que os papéis da Engie Brasil continuam muito descontados e atribuem o desempenho inferior da Engie em relação ao Ibovespa em janeiro (3,4% vs. 7,4% do Ibovespa) aos recentes aumentos nas taxas de juros de longo prazo, o que implica em pressão vendedora nos papéis do setor de Utilities.

Analistas acreditam que a distribuição de dividendos da Engie se mantenha em 2022 para o patamar de distribuição de 100% dos lucros, em vista a situação confortável de liquidez da companhia.

A XP mantém sua recomendação neutra para Engie, com preço-alvo de R$ 49,00 por ação.

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