Em relatório publicado nesta segunda-feira (29), a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI revisaram o preço-alvo para as ações de Dasa (DASA3), de R$ 12,00 para R$ 15,00 por papel.
De acordo com os analistas, a atualização incorpora o recente aumento de capital de R$ 1,7 bilhão para a companhia, o equivalente a R$ 8,50 por ação.
Márcio Osako e José Cataldo escrevem que a empresa deve entrar em um novo ciclo operacional positivo, e a sua administração aumentou o foco na lucratividade, além de acelerar os ganhos de eficiência.
As casas projetam um crescimento robusto de receitas de dois dígitos e uma forte expansão da margem EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2023 e 2024, com a produção de um EBITDA de 25% (taxa de crescimento média ponderada anual – CAGR) entre o período de 2022 a 2024.
Além disso, veem a queima de caixa e o lucro negativo em reversão no próximo ano (R$ 153,0 milhões de fluxo de caixa livre aos acionistas – FCFE - e R$ 505 milhões de lucro líquido ajustado), com base em:
- - i) menor alavancagem com uma injeção de caixa de R$ 2,2 bilhões (incluído R$ 0,6 bilhão da SLB);
- - ii) maior fluxo de caixa operacional; e
- - iii) menores taxas de juros (10,90% de Selic, em média).
Contudo, apesar do momento positivo, Osako e Cataldo mantém recomendação neutra, devido ao valuation (potencial de valorização limitado de 6%).
Além disso, a Dasa negocia suas ações a um múltiplo de 16,8x o P/L estimado para 2024, ou a um prêmio de 13,0% em relação a uma combinação 50/50 entre Mater Dei (MATD3) e Fleury (FLRY3), apesar dos maiores riscos de execução e alavancagem.