sábado, 27 de abril de 2024
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CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) ou Vale (VALE3): onde investir?

A XP Investimentos reiniciou sua cobertura sobre as ações do setor de mineração e siderurgia

05 julho 2023 - 14h40Por Redação SpaceMoney

A XP Investimentos reiniciou sua cobertura sobre as ações do setor de mineração e siderurgia. São elas: CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3).

Fernanda Urbano, Guilherme Nippes, Lucas Laghi, Luiza Aguiar e Marcela Ungaretti ressaltaram, em material, sua postura mais cautelosa em relação às empresas expostas ao minério de ferro - no caso, CSN Mineração (CMIN3) e Vale (VALE3) -, ao passo que, quanto às companhias de aço, veem o potencial de valorização da CSN (CSNA3) como consequência de um valuation adequado e o portfólio diversificado da Gerdau (GGBR4) como o principal destaque.

Usiminas (USIM5) suscita dúvidas, em razão das incertezas da economia doméstica.

 

CSN (CSNA3)

Analistas da XP Investimentos iniciaram a cobertura das ações de CSN (CSNA3), com recomendação de compra e preço alvo de R$ 17,00 por papel para o final deste ano.

“Embora não possamos negligenciar os riscos de alavancagem, especialmente em um ambiente doméstico desafiador para os preços dos aços planos e com visão cautelosa sobre os preços do minério de ferro, ainda vemos potencial de valorização quando analisamos todo o portfólio combinado”, apontou a equipe.

 

CSN Mineração (CMIN3)

Analistas da XP Investimentos rebaixaram a recomendação para as ações da CSN Mineração (CMIN3) de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 4,50 por papel.

Analistas projetam que o EBITDA siga as tendências de queda para os preços das commodities no curto prazo (múltiplos de valuation em expansão em 2024-25).

Eles veem os planos ambiciosos de crescimento em direção ao aumento da produção alinhados com a melhoria do teor de minério de ferro a limitar um potencial negativo para as ações.

 

Gerdau (GGBR4)

Analistas da XP Investimentos reiteraram sua recomendação de compra para as ações de Gerdau (GGBR4), com o selo top pick e um preço-alvo de R$ 32,80 por papel.

Na avaliação, analistas ressaltaram que o portfólio diversificado mitiga riscos de recessão doméstica em regiões específicas.

Eles consideram a Gerdau bem posicionada para capturar parte da demanda subjacente por produção de aço no futuro. 

“Com a demanda de setores baseados em investimentos ainda prejudicada neste ano e o desempenho do setor imobiliário em níveis fracos”, analistas acreditam que a redução das taxas de juros vai ser fundamental para uma retomada econômica e uma melhora nas operações domésticas, apontaram.

 

Usiminas (USIM5)

A XP Investimentos reiniciou a cobertura das ações de Usiminas (USIM5), com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8,00 para o final deste ano.

Na avaliação dos analistas, existem três desafios para os papéis:

  • - i) a falta de diversificação implica um risco maior, dado um ambiente doméstico prejudicado;
  • - ii) uma potencial queda dos preços dos aços planos num futuro próximo; e
  • - iii) preocupações com retrocessos operacionais e alocação futura de capital.

Permanecem dúvidas sobre a futura alocação de capital da empresa, como em questões sobre a coqueria 3, o projeto MUSA e uma nova planta de galvanização.

“Esperamos que a administração da Ternium desenvolva um novo plano estratégico (à luz das mudanças de governança atuais) para fornecer uma estratégia de capital de longo prazo mais clara para a Usiminas”, dizem os analistas.

 

Vale (VALE3)

Analistas rebaixaram a recomendação de compra a neutra, com preço-alvo de R$ 73,00.

A XP Investimentos destacou iniciativas promissoras de longo prazo para a mineradora, como:

  • - i) maiores teores e prêmios do minério de ferro nos próximos anos, à medida que a produção no Sistema Norte se expande e a produção de produtos aglomerados aumenta; e
  • - ii) um múltiplo de valuation relativo mais elevado para a divisão de Metais Básicos, dadas as suas expectativas elevadas de crescimento.

“No entanto, uma perspectiva de tendência de queda para os preços do minério de ferro, apoiada pela menor demanda pela produção de aço na China, nos torna mais cautelosos sobre o potencial de alta para as ações”, apontou a XP. 

“Esperamos não apenas que a empresa aumente seus níveis de produção em complexos de alta qualidade (Carajás), mas também aumente a relevância dos produtos aglomerados (pelotas e briquetes), dada a crescente demanda por produtos mais sustentáveis na indústria siderúrgica”, declararam os analistas.