CCR - Crédito: DivulgaçãoCom estratégias e diretrizes apresentadas pela CCR (CCRO3) no InvestorDay da última quinta-feira (28), o Citi reiterou sua recomendação de compra para a companhia com preço-alvo de R$ 15,50, em potencial de alta de 21% sobre a cotação atual.
O banco viu otimismo nos detalhes da estratégia voltada para rentabilidade, ganhos de eficiência e "retorno total" aos acionistas, exibidos no evento.
O novo plano estratégico da companhia deve ser lançado no segundo trimestre de 2024, mas, na ocasião, a empresa já adiantou algumas diretrizes a serem seguidas nos próximos anos como a cautela na disputa de novos leilões; o recuo em relação ao modal aeroportuário, no qual poderá haver a associação com novos sócios; e a meta de desalavancagem da holding.
Além do setor rodoviário, o grupo também segue interessado em disputar, cautelosamente, as licitações de mobilidade urbana, modal que deverá ter oportunidades na ordem de R$ 62 bilhões em investimentos em um prazo de três a cinco anos.
A CCR também apresentou as perspectivas para equacionar o endividamento do grupo.
Para 2023, o diretor financeiro, Waldo Perez, afirma que os R$ 4,6 bilhões a serem amortizados já estão solucionados, por meio de novas captações concluídas e da geração de caixa das concessionárias.
Para as amortizações no próximo ano, estão previstos R$ 6,4 bilhões, sendo que 67% do valor se refere a empréstimos-ponte.
No caso da dívida referente à concessão RioSP, que tem R$ 1 bilhão a ser refinanciado, o executivo afirma que o grupo está analisando alternativas.
A companhia também trabalha para reduzir a alavancagem na controladora. Ao fim deste ano, a meta é chegar a uma dívida líquida por volta de R$ 3,4 bilhões na holding, redução de cerca de 50% em relação ao patamar de junho, de R$ 6,8 bilhões.
“O cenário nos dá confiança de que chegaremos a uma dívida líquida zero o quanto antes”, concluiu Perez.
Nesta sexta-feira (29), as ações da companhia abriram em alta de 1,01%, cotadas a R$ 12,94.