sexta, 19 de abril de 2024
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BTG corta preço-alvo da Rumo após guidance abaixo do esperado

A corretora reitera a recomendação de Compra para o papel

12 abril 2021 - 15h44Por Investing.com
 - Crédito: Divulgação

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) reduziu o preço-alvo da Rumo (SA:RAIL3) de R$ 28 para R$ 27 após a companhia revisar o guidance para 2021, mas reiterando a recomendação de Compra para o papel com boas expectativas para as exportações de grãos no Brasil e para a expansão da malha ferroviária do país.

A companhia estimou, no início do mês, investimentos de R$ 3,3 bilhões a R$ 3,9 bilhões de reais para este ano, quando espera que os volumes transportados fiquem entre R$ 72 bilhões e R$ 76 bilhões de toneladas por quilômetro útil.

O braço de logística do grupo Cosan (SA:CSAN3) também projetou EBITDA de R$ 4 bilhões a R$ 4,4 bilhões para 2021. Nesse contexto, a empresa estima que o capex de 2021 a 2025 deva ficar entre R$ 16,5 bilhões e R$ 18,5 bilhões.

Segundo os analistas do BTG, as novas estimativas ficaram abaixo do esperado, com EBITDA inferior e capex mais alto, enquanto os volumes ficaram em linha.

Eles apontam que a nova orientação proporcionou um cenário mais realista em termos do cenário competitivo no Mato Grosso, o que foi bem recebido pelo mercado.

Também escrevem que a incorporação do projeto Lucas do Rio Verde (LDRV) continua sendo uma prioridade, com potencial de acréscimo de valor significativo que elevaria o preço-alvo do papel para R$ 30.

No entanto, a questão chave, apontam os analistas, continua a ser a definição do caminho adequado para a implementação do projeto, seja na forma de um aditivo contratual à Malha Norte ou em leilão por meio de um processo de licitação pública.

Nas estimativas preliminares, o banco prevê uma taxa interna de retorno (TIR) real de 16%, em projeto que ainda depende da aprovação da Secretaria do Meio Ambiente do Mato Grosso.

E, segundo o relatório, à medida que o corredor Sul ganha competitividade na exportação de grãos (por falta de visibilidade no Ferrogrão, melhoria de capacidade na Malha Norte e potencial expansão para a LDRV), os analistas veem um cenário de crescimento gradativo para a Rumo, que se beneficia da alta das exportações de grãos do Brasil e da expansão da capacidade ferroviária não só no Mato Grosso, mas também com o avanço da Malha Central.

Assim, conforme a geração de caixa melhore no futuro, os analistas esperam que a empresa se torne mais capitalizada e mais preparada para assumir outros projetos relevantes.

Perto das 15h44, os papéis eram negociados a R$ 20,57, com alta de 1,28%. A ação acumula alta de 2,48% nos últimos trinta dias e de 3,58% nas últimas 52 semanas.