quinta, 28 de março de 2024
assessoria financeira

Qual é a importância de uma assessoria financeira para investir e como escolher o tipo ideal?

15 outubro 2019 - 18h39Por Redação SpaceMoney
Você já se sentiu um pouco perdido na hora de investir? Indeciso em relação a alguma aplicação? Ou faltou tempo para entrar naquela aplicação tão desejada? Saiba que uma assessoria financeira, consultoria ou até mesmo um planejamento financeiro podem te ajudar nesses momentos. Atualmente, há um leque muito abrangente de serviços de assessoria no mercado financeiro. Eles podem te ajudar em diversos momentos, desde o processo para poupar dinheiro até a hora de aplicar. Continue lendo esta matéria porque a SpaceMoney vai te ajudar a encontrar o melhor profissional para atender as suas necessidades.

O que é uma assessoria financeira?

A assessoria financeira é todo o processo de aconselhamento, criação de estratégias e otimização para trazer resultado ao investidor. É um processo longo que leva em conta o perfil e os objetivos do aplicador. Esse serviço é prestado por profissionais qualificados do mercado financeiro. E muitos deles precisam de certificações de órgãos regulatórios, como a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Qual é a importância de uma assessoria financeira para investir?

Na visão de Sérgio Brito, sócio da Ipê Investimentos, ter a orientação de um profissional mais experiente tende a trazer mais benefícios ao investidor. “Partindo da premissa de que um profissional do mercado financeiro possui maior capacidade que a maioria dos investidores, porque está envolvido com essa atividade diariamente e há muitos anos, acredito que possuir o acompanhamento de alguém de confiança pode trazer maiores rentabilidades”, opinou. Segundo Brito, geralmente, os profissionais que assessoram os investidores são bastante “antenados” aos acontecimentos dos mercados globais e podem projetar cenários com mais precisão. “Muitas vezes o investidor não possui tempo para acompanhar todas as variações e decisões políticas do mercado. Assim, o profissional pode auxiliar nesse processo e obter ganhos”, explicou.

Quais as modalidades de assessoria no mercado brasileiro?

Agora você deve estar se perguntando: qual profissional eu devo escolher para me auxiliar? Segundo o head comercial da Hub Capital e colunista da SpaceMoney, Thiago Guedes, o investidor deve analisar suas necessidades e seu perfil para escolher o profissional. Se o investidor já possui maior qualificação, seria aconselhável procurar por um Agente Autônomo de Investimentos. Se o desejo é aprender mais sobre o mercado, mas não há tempo para se aprofundar, o modelo de Consultor de Valores Mobiliários seria o mais indicado. O último perfil é daquela pessoa que não gosta de acompanhar as finanças. Nesse caso, a figura do Gestor de Carteira pode ser bastante apropriada. Veja abaixo a diferença entre esses e outros profissionais:

Planejador financeiro

Segundo a Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar), o planejador financeiro é indicado para aquela pessoa que está desorganizada com sua vida financeira. Esse profissional vai te ajudar a traçar planos de acordo com seus objetivos e necessidades. Esteja ciente de que ele vai analisar sua relação com o dinheiro, verificando excessos nos seus gastos fixos e os supérfluos. Os planejadores financeiros podem ou não ser certificados. A certificação mais conhecida no mercado é a CFP® (Certified Financial Planner, ou Planejador Financeiro Certificado), cujo selo é emitido pela Planejar. Esse profissional está autorizado a influenciar no seu orçamento, mas não a aplicar o seu dinheiro.

Agente Autônomo de Investimentos (AAI)

Esse é, provavelmente, o tipo de serviço mais comentado do momento. Segundo a CVM, o papel do Agente Autônomo de Investimentos, ou AAI, é receber e transmitir ordens, informar os principais acontecimentos do mercados, apontar os investimentos existentes e informar sobre os serviços prestados pela instituição com a qual está vinculado. O AAI estará mais em contato com o cliente porque está vinculado a uma corretora de valores ou distribuidora. Entretanto, ele não pode recomendar compras e vendas de investimentos aos clientes e nem executar ordens. Ele precisa de certificados, como o Ancord.

Consultor

Segundo a definição da CVM, o consultor de valores mobiliários é a pessoa física ou jurídica que presta serviços de orientação, recomendação e aconselhamento sobre investimentos no mercado. Essas indicações devem ser feitas exclusivamente para os clientes que os contratam. A atividade do consultor tem foco no cliente, na identificação de suas necessidades, interesses, objetivos, preferências e perfil de risco, de modo a oferecer um aconselhamento mais adequado e personalizado. Diferentemente do AAI, o consultor pode recomendar investimentos. O consultor, porém, não pode executar as recomendações oferecidas. É o cliente quem decide se irá efetivar as recomendações e de que forma. Os profissionais devem estar registrados na CVM.

Analista

Segundo a CVM, o Analista de Valores Mobiliários pode ser uma pessoa física ou jurídica que elabora relatórios de análise destinados à publicação, divulgação ou distribuição a terceiros, ainda que restrita a clientes. Ele faz balanços do mercado e analogamente, por meio de suas análises, recomenda ativos para os investidores. Para exercer essa atividade é necessária a regulação pela CVM e da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC).

Gestor de carteiras ou investimentos

Esse profissional é o responsável por gerir os recursos de um fundo de investimentos ou das carteiras de investidores individuais. Então, ele é quem toma as decisões de quais ativos comprar e onde aplicar respeitando parâmetros e limites definidos no contrato com o cliente. Ele atua com autorização da CVM.

Cuidados ao escolher um assessor:

O sócio da Ipê Investimentos Sérgio Brito fez três observações importantes para o investidor levar em conta. Primeiramente é necessário verificar a certificação do profissional. “Algumas das profissões do mercado financeiro exigem o certificado emitido pela CVM ou pela Anbima. Se você se deparar com algum AAI ou consultor que não a possua, não faça negócio”, aconselhou. Os investidores podem consultar a relação de consultores de valores mobiliários registrados na CVM diretamente no site e pesquisar pela razão social/nome, pelo CNPJ/CPF. Então, a segunda observação é analisar detalhadamente o currículo da pessoa para analisar a sua experiência. “Eu acredito que uma pessoa mais sênior, provavelmente, terá passado por situações mais diversas. Pode ter passado por cenários mais conturbados e crises. Na minha visão, essa experiência maior conta porque o mercado é muito instável”, disse. Por fim, o terceiro apontamento diz respeito a indicação do profissional. “Sempre tenha em mente quem foi que te indicou essa pessoa, quais resultados ela proporcionou para quem te indicou e confie no potencial dela”, finalizou. [rock-convert-cta id="52614"]