sexta, 26 de abril de 2024
Bancos

Para atender mais credores, Odebrecht quer dividir garantias da Braskem a bancos

03 julho 2019 - 11h09Por Investing.com
Para pagar credores e bancos, o grupo Odebrecht espera destinar parte dos recursos que serão obtidos em uma futura venda de sua fatia na Braskem (BRKM5), que é atualmente de 50,1%. As instituições financeiras detêm atualmente todas as ações da petroquímica como garantia dos empréstimos destinados ao grupo. As informações são da edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do Estadão. Caso a ideia siga em diante, vai representar que os bancos vão ficar com uma participação menor na Braskem. Em outras palavras, isso vai representar que as instituições devem receber menos do que o valor que tinham como garantia. A publicação destaca que esse deve ser o caminho a ser adotado nas negociações da Odebrecht com os bancos, destacando que as conversas ainda não tiveram início. O objetivo é simples, mostrar para as instituições que não existe outra opção, mesmo que parte das dívidas estejam fora da recuperação judicial. A estimativa é que a Braskem esteja avaliada em R$ 28 bilhões, enquanto os passivos do grupo chegam a R$ 100 bilhões. Quem está fazendo jogo duro, de acordo com a Coluna, é a Caixa Econômica Federal. O banco público tem exigido direitos sobre as ações da petroquímica para se equiparar aos outros bancos. Para que isso seja realizado, a Odebrecht precisa dar as mesmas condições aos credores que fazem da mesma classe da Caixa, entre eles o governo do Peru e os detentores dos bônus garantidos pela OEC.

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Ainda segundo o Estadão, a aposta do grupo é que os bancos estatais devem se sentir mais confortáveis para aceitar um desconto sobre a dívida se as negociações acontecerem com a supervisão de um juiz. Isso faria com que reduzem possíveis questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público sobre os termos. Apesar disso, o jornal destaca que consenso ainda passa por questões importantes, como a solução da disputa da Braskem com o estado de Alagoas, que conseguiu o bloqueio de R$ 3,7 bilhões da conta da companhia.