sexta, 19 de abril de 2024
Ouro

Ouro se aproxima da mínima de junho em meio a notícias de vacina e segunda onda

19 novembro 2020 - 19h16Por Investing.com

Por Barani Krishnan, da Investing.com - Os preços do ouro chegaram perto de testar as mínimas de junho quase duas semanas atrás, enquanto os investidores pesavam as notícias do desenvolvimento da vacina para a Covid-19 e o alívio que isso poderia trazer com o aumento dos casos de vírus em todo os Estados Unidos.

Os futuros de ouro para entrega em dezembro fecharam em baixa de US$ 12,40, ou 0,7%, a US$ 1.861,50. Isso ocorreu apesar do rival dólar deslizar para território negativo no final da sessão - uma dinâmica que normalmente teria aumentado os preços do ouro. No início do dia, o ouro de dezembro caiu para US$ 1.850,45 - perto da baixa de cinco meses de US$ 1.848 atingida em 9 de novembro.

O preço à vista do ouro, que reflete as negociações em tempo real, caía US$ 5,37, ou 0,3%, para US$ 1.867,37 por volta das 18h40 (horário de Brasília).

“O ouro caiu devagar em direção aos limites inferiores de sua faixa de negociação recente e pode ficar vulnerável a uma quebra do nível de US$ 1.850 se o dólar continuar a se recuperar”, disse Ed Moya, analista da OANDA de Nova York.

“A fraqueza do ouro deve durar pouco, mas, se o momento de baixa persistir, o nível de US$ 1.800 deve ser muito atraente para investidores de longo prazo.”

Covid-19

Os Estados Unidos ultrapassaram um marco sombrio da Covid-19 na quarta-feira, com número de mortes superior a 250.000, enquanto a contagem de casos ultrapassou 11,5 milhões. Especialistas em saúde preveem que o país poderá em breve registrar 2.000 mortes por dia ou mais, igualando ou ultrapassando o pico da primavera, e que mais 100.000 a 200.000 americanos poderão morrer nos próximos meses.

Embora o medo da pandemia deva ser forte o suficiente para os investidores correrem para portos seguros como o ouro, as perspectivas otimistas do metal amarelo foram quebradas por uma enxurrada de notícias de empresas farmacêuticas como a Pfizer (NYSE:PFE) e a Moderna (NASDAQ:MRNA), que relataram 95% de eficácia em suas vacinas para a Covid-19.

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