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Oi, TIM e Vivo recuam; termina hoje prazo de exclusividade da Highline

03 agosto 2020 - 13h50Por Investing.com

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Por Gabriel Codas, da Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta segunda-feira, as ações da teles TIM (SA:TIMP3), Telefônica Brasil (SA:VIVT4) e Oi (SA:OIBR3) operam com perdas na B3. O mercado reage às noticias do fim de semana. Elas dão conta de que o grupo das três operadoras que fizeram oferta pela rede móvel da Oi devem assumir a liderança da disputa. Apesar disso, não há uma posição oficial da Highline do Brasil que indique que tenha desistido da disputa.

Termina hoje o prazo a exclusividade da empresa controlada pela americana Digilta Colony concedida pela Oi nas negociações da rede móvel da tele brasileira. No fim de semana, a Highline desistiu de fazer nova proposta para cobrir a oferta de R$ 16,5 bilhões do grupo formado por Vivo, TIM e Claro pela rede móvel, diferentemente do informado pelo colunista Lauro Jardim, d'O Globo, que havia informado na sexta-feira que a Highline iria desistir do certame pelos ativos.

Desempenho dos ativos

Os papéis da Oi prosseguiam com a realização de lucro iniciada no final da semana passada. Por volta das 13h46, os papéis ordinários da Oi, com maior volume de negociação, cedia 6,59% a R$ 1,70. Enquanto isso, os ativos preferenciais (SA:OIBR4) despencavam 8,05% a R$ 2,74.

Já as ações da TIM recuavam 2,41% a R$ 15,37 e Vivo tinha leve perdas de 1,90% a R$ 51,65. Os dois papéis passam por correção após disparar no final da sessão de sexta-feira, após a notícia de que a Highline estaria prestes a desistir do certame. O Ibovespa operava com baixa de 0,13% a 102.730 pontos, sem apontar direção.

O sistema de notícias em tempo real Broadcast confirmou a informação de Lauro Jardim e informou no fim de semana que a Highline deve deixar a disputa, perdendo o direito de exclusividade, deixando a TIM, Vivo e Claro perto da levar a Oi Móvel. O trio deve dividir as redes e os clientes da Oi entre si.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje

Outro lado

A edição desta segunda-feira do Valor destaca que, até a noite de ontem, a Highline do Brasil ainda estava em negociação com a Oi; uma vez que o prazo do contrato de exclusividade se encerra hoje.

Uma das fontes que acompanha as conversas disse ao jornal que não existe desistência da Highline. A única mudança seria que, com o final do prazo de exclusividade, a Oi poderia negociar com a TIM, Vivo e Claro

Caso a Highline não chegue a um acordo com a Oi, a tendência é que o trio assuma a posição de “stalking horse”.  

Além disso, a fonte lembra que o acordo firmado com a Highline, provedora de infraestrutura de telecomunicações da Digital Colony, não obriga a Oi a aceitar nenhuma proposta.  

Histórico

A Oi avalia suas redes de telefonia e internet móveis, que reúnem 33,9 milhões de clientes, em ao menos R$ 15 bilhões.

A primeira oferta partiu de TIM, Vivo e Claro em meados de julho. O valor não foi informado, mas a reportagem apurou que foi de R$ 15,1 bilhões.

Na sequência, a Highline - empresa especializada em infraestrutura de telecomunicações e controlada pela americana Digital Colony - colocou na mesa um valor não revelado, mas superior a esse lance. Daí veio a reação de TIM, Vivo e Claro, com nova proposta, agora com o valor de R$ 16,5 bilhões.

Em comunicado oficial, a Oi já disse que o novo lance do trio de operadoras "tem condições financeiras mais vantajosas".

Já nos bastidores, não descarta nenhum proponente, e o comentário é de que o lance da Highline é "bom o bastante" para vingar. Isso porque o lance vencedor não será pautado apenas pelo seu valor.

O plano da Oi prevê que a direção poderá aceitar a segunda melhor proposta, desde que com preço até 5% inferior àquele apresentado na proposta de maior valor, mediante "justificativa fundamentada".