
A Lojas Marisa (AMAR3) desponta como a empresa melhor posicionada em representatividade feminina em cargos de liderança dentre as empresas listadas em Bolsa.
Segundo o levantamento da TEVA Índices, consultoria do mercado financeiro especializada em matemática aplicada à análise de investimentos, a companhia têm três mulheres entre seus quadros de conselheiros (dentre comitês e diretorias) e seis cargos ocupados por representantes femininas no conselho de administração.
Veja abaixo as cinco melhores empresas apontadas pelo estudo e confira aqui a lista completa:
Posição | Empresa | Nº de Conselheiras | Cargos no Conselho | % |
---|---|---|---|---|
1 | Lojas Marisa (AMAR3) | 3 | 6 | 50% |
2 | Banco BMG (BMGB4) | 4 | 9 | 44,4% |
3 | TIM (TIMS3) | 2 | 5 | 40% |
4 | Vivara (VIVA3) | 2 | 5 | 40% |
5 | Guararapes Confecções (GUAR3) | 2 | 5 | 40% |
Fonte: TEVA Índices
Além disso, a TEVA Índices também formulou uma pontuação para avaliar os esforços de igualdade de gêneros nas empresas.
A metodologia básica é avaliar a presença feminina em todos os órgãos de governança das empresas, que somam quase 8 mil cargos segundo o estudo.
Veja abaixo as dez companhias brasileiras melhores colocadas, em dados atualizados em janeiro de 2022:
Empresa | Score |
---|---|
Banco Santander (SANB11) | 44,6 |
Vivara (VIVA3) | 40,2 |
Enjoei (ENJU3) | 35,3 |
MPM Corpóreos (Espaço Laser, ESPA3) | 33,6 |
Banco BMG (BMGB4) | 33,3 |
M. Dias Branco (MDIA3) | 32,1 |
Oncoclínicias do Brasil (ONCO3) | 31,2 |
Pague Menos (PGMN3) | 30,6 |
CVC (CVCB3) | 30,5 |
TIM (TIMS3) | 30,4 |
Fonte: TEVA Índices
Cenário geral
58% das empresas brasileiras não possuem nenhuma mulher em cargos de liderança. Ao observar os dados detalhados por órgãos, os Conselhos Fiscais são os que possuem maior ausência de mulheres (65,5%), seguidos pelos Comitês de Auditoria (62,6%) e Diretorias (58,9%).
Quando considerados apenas os conselhos de administração, embora avanços importantes tenham sido dados (em 2016, 64,2% das empresas brasileiras não tinha nenhuma mulher no Conselho, enquanto em 2021 esse percentual recuou para 38,5%), existe ainda um grande espaço para melhoria adiante (de acordo com a MSCI, globalmente² esse mesmo percentual chega a 14,2%).
Giovanna Beneducci e Marcela Ungaretti, analista e head de research da XP, respectivamente, destacam ainda que a forma como essa evolução aconteceu poderia ter sido melhor, já que a maior melhora vista pela TEVA Índices foi puxada pelas empresas que passaram de não ter nenhuma mulher no Conselho, para ter uma.
“No exterior, costuma-se observar a métrica de ao menos duas mulheres no conselho. Hoje, 26,4% das empresas brasileiras têm duas ou mais mulheres“, compara a pesquisa.
Neste sentido, Beneducci e Ungaretti reforçam a visão por um necessário esforço contínuo para o aumento da representatividade nas corporações brasileiras, inclusive nas que já possuem mulheres na liderança, uma vez que somente 1,5% delas têm mais de três mulheres no conselho.
Com informações de XP.