quarta, 24 de abril de 2024
BNDES

Levy culpa governo por demora em vender participações do BNDES

02 julho 2019 - 11h23Por Angelo Pavini
O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Joaquim Levy, culpou o governo pela demora na venda das participações do banco e no ajuste do tamanho da instituição, motivos que teriam levado a sua demissão.
 
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele afirma que a demora em vender ativos se deveu à necessidade de preparar o processo, que é muito mais complicado do que a privatização de uma companhia controlada pelo governo, pois não tem uma regulamentação já aprovada para colocar essas participações no mercado. Além disso, o governo, que é controlador do banco, precisa dizer o que vai fazer com o dinheiro arrecadado, o que depende também da decisão sobre o tamanho do BNDES, afirmou Levy.
 

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Ele também justificou a demora em devolver os recursos do BNDES para o Tesouro, afirmando que não queria vincular a operação à necessidade de cumprir a regra de ouro, que impede o governo de tomar recursos emprestados no mercado para pagar despesas correntes. “Minha preocupação foi não relacionar nada da devolução para resolver problemas de curto prazo”, disse. Sobre a abertura da “caixa preta” do BNDES, motivo pelo qual o presidente Jair Bolsonaro ameaçou demiti-lo, Levy afirmou que o problema foi a forma como os financiamentos a governos de outros países foram feitos.
 
O maior valor financiado se referia a serviços de engenharia, e não equipamentos produzidos no Brasil. Como o BNDES tem experiência em projetos de equipamentos, e não de serviços, o banco não estava preparado para essas operações.

 

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