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IPO Riza Terrax

IPO do Riza Terrax: Suno Research aponta vantagens e riscos

22 setembro 2020 - 18h50Por Redação SpaceMoney

Termina na próxima segunda-feira (28) o período de reserva da Oferta Pública Inicial (IPO) do Fundo de Investimento Imobiliário Riza Terrax (FII RZTR11). A operação busca captar R$ 750 milhões, ao preço de R$ 100 por cota e aplicação inicial mínima de R$ 25 mil.

De acordo com um relatório divulgado pela Suno Research em 10 de setembro, esse é um dos IPOs de fundos imobiliários que mais recebeu solicitações para análises por parte de seus assinantes. Apesar de não oferecer um veredito, a casa de análises expressa confiança com a proposta e ressalta os pontos positivos do investimento.

Conheça o fundo

O FII Riza Terrax oferece uma alternativa de diversificação aos investidores que buscam participar do setor de agronegócio; suas fontes de receita principais são o financiamento de produtores e a recompra de terras agrícolas.

O relatório da Suno destaca que, apesar de ter sido criada em outubro de 2019, a assessoria financeira do fundo possui um time experiente. A administração do RZTR11 ficará a cargo do Banco Plural. A gestão, por sua vez, será uma atribuição da Riza Capital. 

Daniel Lemos, atual CEO da gestora, teve uma carreira profissional consolidada na XP Investimentos como diretor de produtos. No time de agronegócios, a Riza conta com Paulo Prado, Gustavo Germano e Gabriel Machado, três profissionais que atuavam nesse mesmo setor do Itaú BBA, o corporate & investment bank do Itaú Unibanco.

De onde vêm os rendimentos?

A premissa básica do RZTR11 está em financiar produtores agrícolas com um retorno-base de 6% ao ano; os juros são desembolsados ao início da liberação do crédito e, após o valor inicial, a cada 12 meses. Além disso, semestralmente o produtor deverá realizar a recompra de suas terras, com um rendimento corrigido também de 6% ao ano.

O papel relevante desempenhado pelo setor de agronegócios na economia brasileira durante a pandemia do novo coronavírus é um ponto destacado pela casa de investimentos. O Brasil é, de acordo com os últimos dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, da sigla em inglês) em 2018, o 3º maior exportador agrícola do planeta.

 A Suno afirma que a demanda crescente por alimentos não deve mudar nas próximas duas ou três décadas e por esse fator, aliado às terras férteis, clima favorável e boas condições de solo do território brasileiro, seria correto considerar oportuna a entrada do Riza Terrax na bolsa de valores neste momento.

O lucro do fundo será dividido entre a distribuição aos investidores e o reinvestimento em novas operações. De acordo com as simulações feitas pela Suno, cerca de 10% dos ganhos obtidos deverão ser reaplicados anualmente em novos ativos.

Entenda os riscos

Apesar de revelar confiança com a oferta, o documento também levanta alguns riscos que devem ser considerados pelo investidor. Em caso de inadimplência por parte dos produtores, por exemplo, não há como dar andamento a uma execução judicial da dívida porque as terras já estarão em posse do fundo. Nessas situações, a alternativa é vender a propriedade, distribuir os lucros e reinvestir a principal parte para manter a distribuição de ativos do fundo.

Outro risco apontado pela Suno acontece em um cenário no qual a inflação suba descontroladamente: o produtor seguirá pagando apenas 6% como taxa de correção anual; logo, o gestor deverá partir em busca de operações de hedge contra inflação no mercado de capitais.

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