
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com perdas durante o pregão desta quinta-feira (23), após manter alta até o começo da tarde, seguindo os mercados internacionais. Por volta das 14h20, as perdas eram de 0,24%, aos 80.490,59 pontos.
A virada é alinhada com as bolsas norte-americanas, que caíram com investidores se decepcionando com possível remédio para o novo coronavírus.
Após renovar máxima nominal a R$ 5,47, mais cedo na manhã de hoje, o dólar comercial tinha valorização de 1,08%, cotada a R$ 5,468. O Banco Central anunciou leilão extraordinário de swaps para tentar conter a alta, que se intensificou após a autoridade monetária sinalizar mais quedas na taxa de juros.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei 225 fechou com alta de 1,52%, enquanto o Shangai Composite teve queda de 0,19%.
Na Europa, DAX 30 avançava 0,95%, enquanto FTSE 100 subia 0,97%. CAC 40 ganhava 0,89%.
Nos Estados Unidos, os Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operavam com alta, com ganhos de 0,51%, 0,35% e 0,44%, respectivamente. Os índices norte-americanos reduziram ganhos após o mercado se decepcionar com a notícia de que o remédio Remdesivir falhou no teste contra o novo coronavírus.
Dados econômicos
Os PMIs da Zona do Euro atingiram sua mínima histórica na preliminar de abril, a 13,5. O número vem bem abaixo das expectativas do mercado, que estimava 26. Já os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, para a semana passada, vieram em linha com as projeções: 4,4 milhões de norte-americanos perderam seus empregos no período.
Coronavírus
No mundo, os casos do covid-19 somam mais de 2,6 milhões, com cerca de 180 mil mortos. No Brasil, as ocorrências beiram 47 mil, enquanto os óbitos chegam a quase 3 mil.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou ontem que um plano para saída do isolamento social deve ser apresentado na semana que vem. Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, apresentou as etapas para relaxamento das medidas de distanciamento no estado que é epicentro da doença no país.
Em Brasília
Dentro do arsenal de combate aos estragos econômicos da pandemia, o programa Pró-Brasil foi apresentado ontem. O pacote conta com R$ 30 bilhões de investimentos públicos e R$ 250 bilhões em concessões, mas sua implementação ainda não foi detalhada.
No Senado, a ampliação de beneficiados pelo coronavoucher foi aprovada, mas o Ministério da Cidadania adiou a segunda parcela do auxílio, alegando falta de verba no momento. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados aprovou linha de crédito para micro e pequenos empresários, com a condição de manutenção de empregos.