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Ibovespa segue exterior e fecha em alta de 0,81%; dólar também sobe

04 fevereiro 2020 - 18h41Por Redação SpaceMoney
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou esta terça-feira (04) com valorização de 0,81%, aos 115.556,71 pontos. O principal fator dessa alta, que acompanhou as principais bolsas de valores do mundo, foi a medida tomada pelo Banco do Povo da China (PBoC, em inglês), que injetou 500 bilhões de yuans na economia para conter as perdas de ontem (03). Já o dólar comercial fechou o dia com alta de 0,18% ante o Real, cotado a R$ 4,258. Durante boa parte do dia, a moeda dos EUA estava se desvalorizando em relação à divisa brasileira, mas um movimento de ajuste devido à iminente decisão do Copom sobre a taxa de juros, nesta quarta-feira (05), levou à mudança de viés. Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Crise com coronavírus

O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 435 pessoas morreram e mais de 20 mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China. Além da China, 20 outros países também registraram casos da doença, e nenhum caso foi registrado na América Latina.Os investidores ainda avaliam as medidas de contenção do vírus.

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia nesta terça-feira (04) sua primeira reunião de 2020 para decidir o futuro da taxa básica de juros. Na quarta-feira (05), será anunciada a decisão do comitê. A expectativa do mercado é de que o BC decida por uma nova redução da Selic, saindo de 4,5% para 4,25%, encerrando, assim, o ciclo de cortes na taxa de juros. Com a redução dos juros, o crédito é estimulado e isso reaquece a economia. Com isso, a inflação tende a aumentar. Por isso, o BC mantém a atenção no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atualmente abaixo do centro da meta. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom analisam as possibilidades e definem a Selic.

Produção industrial

A produção industrial brasileira registrou queda de 0,7% em dezembro em relação mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (04). Comparado ao mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 1,2 por cento. As expectativas dos economistas era uma queda de 0,5 por cento na variação mensal e de 0,8 por cento na base anual.

Boletim Focus

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (03) mais uma edição do Boletim Focus, que traz projeções do mercado para alguns indicadores da economia nacional. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, a expectativa para o final de 2020 caiu de 3,47% para 3,40%. Já a o mercado projeta que a Selic caia para 4,25% ao ano até o fim de 2020. Esse seria o último corte na taxa básica de juros, que só aumentaria até chegar, em 2021, a 6%. Por fim, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,31% para 2,30% em 2020. As estimativas das instituições financeiras para os anos seguintes, 2021, 2022 e 2023 também continuam em 2,50%.