
O mercado brasileiro de consultoria tributária e soluções corporativas entrou em 2026 pressionado por mudanças regulatórias, custos elevados de mão de obra e maior atenção das empresas à eficiência da folha de pagamento.
A combinação entre reforma tributária, fiscalização mais rigorosa e necessidade de geração de caixa tem ampliado a busca por serviços de revisão previdenciária, especialmente ligados a INSS e encargos incidentes sobre a folha, hoje um dos principais centros de custo das companhias intensivas em trabalho. Ao mesmo tempo, modelos de expansão baseados em redes e parcerias ganham espaço como alternativa ao crescimento tradicional via estrutura própria.
Faturamento de R$ 160 milhões
Nesse contexto, o Grupo Studio, consultoria empresarial com atuação nacional, encerrou 2025 com faturamento de R$ 160 milhões e trabalha com a projeção de atingir R$ 500 milhões em 2026. Segundo a empresa, o plano de crescimento está concentrado em 3 frentes, recuperação previdenciária, educação corporativa e a ampliação do modelo Studio Partners, uma estrutura de parceiros conectados à rede de franqueados.
“A folha de pagamento se tornou um ponto central da estratégia financeira das empresas, tanto pelo impacto direto no caixa quanto pelo volume de inconsistências que ainda existem na apuração previdenciária”, afirma Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.A vertical previdenciária passa a ocupar posição central na estratégia da companhia.
O foco está na revisão de contribuições ao INSS e outros encargos sobre a folha, seguindo metodologia semelhante à de revisões tributárias tradicionais, mas aplicada especificamente a verbas trabalhistas, classificações e bases de cálculo. De acordo com Monteiro, a demanda tem crescido em função do aumento do custo do trabalho formal e da necessidade de ajustes estruturais nas empresas. “É um tipo de serviço que ganhou relevância porque atua diretamente sobre despesas recorrentes e permanentes”, diz.
Consolidação das verticais
Além da frente previdenciária, o Grupo Studio aposta na educação corporativa como linha de crescimento, estruturando produtos voltados à capacitação técnica e à padronização de conhecimento dentro da própria rede e para clientes.
Paralelamente, o modelo Studio Partners amplia a capilaridade da operação ao integrar parceiros à estrutura dos franqueados, sem alterar o modelo de governança. “A lógica é expandir mantendo controle operacional e alinhamento estratégico”, afirma o CEO.
A empresa mantém como objetivo de médio prazo a abertura de capital, condicionada ao ganho de escala e previsibilidade de resultados. “A preparação envolve consolidação das verticais, expansão organizada da rede e fortalecimento dos produtos recorrentes”, conclui Monteiro.