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Evento de investimento aborda novas tecnologias e tem tom otimista

03 fevereiro 2020 - 15h24Por Redação SpaceMoney
O InvestSmart 2020, realizado pela InvestSmart, assessoria de investimentos credenciada à XP, reuniu mais de 3 mil pessoas nos dois dias em encontro sobre investimentos, realizado na cidade do Rio. Além de mais de 24 horas de conhecimento, network e palestras com as perspectivas para 2020, o evento contou com especialistas do mercado e a presença do ex-presidente do Flamengo, falando sobre a transformação financeira do time, que proporcionou um ano de conquistas históricas.

Otimismo

Os debates foram marcados pelo tom otimista sobre a diversidade de oportunidades de investimentos, mas também pela necessidade de prudência na tomada de riscos, além da retomada de uma agenda econômica racional. A volatilidade e a desaceleração global, aliados aos recentes acontecimentos no mundo, neste início de ano, também atestam que os investidores devem se atentar aos riscos em suas decisões. Outro destaque do evento foram os temas que abordaram as inovações tecnológicas, como Open Banking e Inteligência Artificial, que irão promover mais agilidade, dinamismo e eficiência ao mercado. O segundo dia de evento contou com a presença de Luciano Snel e Antonio Correa, respectivamente, presidente e estrategista da Icatu Seguros, Zeina Latif, Economista Chefe da XP, Henrique Bredda, sócio-gestor da Alaska, Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, Juliana Guimarães, CEO da B2S Câmbio, Fernando Lovisotto, sócio da Vinci Partners e outros.

Economia

A economista Zeina Latif comentou que o Brasil virou a página da taxa de juros altíssimos, e diz que a taxa baixa de juros veio para ficar, mas teremos como desafio os ajustes fiscais. A economista afirmou ainda que o crescimento da dívida do País já soma 73% do PIB e que essa questão não será resolvida apenas com a queda da Selic: existe uma grande necessidade de implementação das reformas estruturais. A economista apontou ainda que o potencial de crescimento encolheu, sendo hoje menor que 1%, e acrescentou que “para voltar a crescer em linha com o mundo, não é com redução da SELIC, pois ela sozinha só gera movimentos de curto e médio prazo”. E sinaliza que o risco do Brasil é o risco da complacência. “Não se pode acomodar só porque a economia está melhorando. Devemos retomar uma agenda econômica racional”.

Capitalização

Já o presidente da Icatu Seguros, Luciano Snel, afirmou que títulos de capitalização não podem ser considerados produtos de investimentos, mas podem ajudar as pessoas a começarem a poupar dinheiro, especialmente no ambiente de juros baixos. “A capitalização não é investimento e não pode ser vendida como investimento. É um produto para o brasileiro que não guarda dinheiro", afirma ele. "A alternativa é correr para o cheque especial para quem não tem dinheiro guardado. A capitalização, na minha visão, pode até ser encarada como primeira previdência, no sentido de quem nunca guardou dinheiro na vida criar a disciplina e entender os benefícios de abrir mão de um pedaço do consumo para guardar dinheiro”, disse. Luciano afirmou ainda que o americano médio não poupa, e que foram criados sorteios de produtos para a poupança, para estimular a população a guardar dinheiro.