quarta, 01 de maio de 2024
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Com recuo do varejo, XP vê espaço para nova redução da Selic

12 fevereiro 2020 - 12h56Por Redação SpaceMoney
O comércio varejista brasileiro fechou 2019 com um crescimento de 1,8% no volume de vendas, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o país acumula três anos seguidos de alta no setor. Com relação a dezembro de 2018, o mesmo mês de 2019 acumulou alta de 4,1% em volume. Entretanto, o varejo ampliado apresentou queda de 0,8% no volume de vendas na passagem de novembro para dezembro do ano passado, o que deixou o mercado em alerta para uma retomada com menor força da economia. Na visão da XP Investimentos, apesar dos dados anualizados serem positivos, o mês de dezembro mostrou um esfriamento na perspectiva de retomada da economia no quarto semestre de 2019. A expectativa para esse período era de bons números, tendo em vista que, nessa mesma época, ocorreram incentivos ao consumo, como ampliação de crédito e saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

Desânimo em dezembro, novo corte da Selic

Ainda na visão da corretora, os dados econômicos mais fracos podem contribuir para um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, com o intuito de reaquecer a economia de maneira mais intensa. Para isso, outros dois indicadores devem influir na decisão do Banco Central (BC): o índice de serviços, que deve divulgado amanhã, e o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), na próxima sexta-feira. Roberto Campos Neto, presidente do BC, dará uma entrevista para a GloboNews hoje (12) às 23h e deve comentar sobre o seu entendimento da situação econômica atual e como ela pode impactar a conduta da política monetária no curto prazo.

Destaques

No mercado de varejo, os setores que mais tiveram alta no ano foram os de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (6%) e móveis e eletrodomésticos (3,6%). Já os destaques negativos ficaram para equipamentos e materiais de escritório (-10,9%) e veículos, motos e peças (-4%). Das dez atividades do varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, nove encerraram 2019 com alta. Assim, somente o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria recuou 20,7% em relação ao ano anterior. Já o destaque positivo vai para o setor de veículos, motos, partes e peças, com aumento de 10%.