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Dólar hoje: Ibovespa na máxima e petróleo em queda são as boas notícias desta terça-feira

Com rebaixamento da nota americana pela Moody's e corte de juros na China, mercado monitora negociações entre EUA e Irã e discurso de Galípolo

Dólar hoje
Dólar inicia terça-feira em R$ 5,65 em meio a cenário externo carregado e atenção a juros e geopolítica no radar | Crédito: Freepik

O dólar comercial encerrou a segunda-feira (19) com queda de 0,2%, cotado a R$5,6550, após abrir o dia em R$5,6650.O dólar iniciou esta terça-feira (20) cotado a R$5,6516.
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Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última segunda (19), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,2%, cotado a R$5,6550, após ter começado o dia cotado a R$5,6650. O euro fechou o pregão com alta de 0,6%, cotado a R$6,3560 após ter iniciado o dia em R$6,3850.

O que deve influenciar o dólar hoje?

O dólar hoje começa a terça-feira (20) refletindo um cenário externo carregado e um ambiente doméstico repleto de sinalizações relevantes para os mercados. Nesse contexto, a agenda segue densa, com juros, fiscal e geopolítica no radar.

Enquanto isso, os índices futuros dos EUA operam no vermelho após os ganhos registrados na última sessão. Isso ocorre porque a Moody’s rebaixou a nota de crédito americana, o que continua gerando repercussões nos ativos globais.

Na China, o banco central cortou os juros para conter a desaceleração. Já o petróleo recua, pressionado pelas incertezas no Oriente Médio e impasses sobre o acordo nuclear entre EUA e Irã.

No cenário interno, o Ibovespa renovou a máxima histórica após discurso duro de Galípolo. Com isso, a valorização do real veio acompanhada da queda do dólar, refletindo também o enfraquecimento da moeda americana no exterior.

A seguir, confira os pontos que devem seguir mexendo com o câmbio ao longo do dia.

Futuros em queda após rali pós-Moody’s

Os contratos futuros dos principais índices acionários recuaram nesta manhã. Por volta das 8h (horário de Brasília), o Dow Jones operava perto da estabilidade, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 caíam 0,18% e 0,25%, respectivamente.

As bolsas em Nova York haviam encerrado a sexta-feira em alta, revertendo perdas iniciais após o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s. A agência citou deterioração fiscal e risco elevado da dívida americana.

Os rendimentos dos Treasuries cederam levemente após abertura volátil, mas ainda seguem em níveis elevados. O movimento reforça a cautela dos investidores.

China corta juros, mas avança com cautela

Na China, o Banco Popular reduziu suas taxas de referência de empréstimos pela primeira vez desde outubro, num esforço para mitigar a desaceleração econômica.

A taxa de um ano caiu de 3,1% para 3,0%, enquanto a de cinco anos foi reduzida de 3,6% para 3,5%. O corte já era esperado, mas o ajuste modesto sugere prudência diante das incertezas externas.

Na semana passada, EUA e China concordaram em adiar novas tarifas até agosto, mas continuam em vigor tributos de 10% a 20% sobre produtos ligados ao tráfico de fentanil.

Petróleo recua com impasse sobre Irã

Os preços do petróleo operam em queda. O Brent recuou 0,6%, cotado a US$65,16, enquanto o WTI também caía 0,6%, para US$61,75 por barril.

As negociações entre EUA e Irã seguem travadas. Teerã insiste que o programa de enriquecimento de urânio não será negociado, o que bloqueia avanços no acordo nuclear.

Um eventual acordo poderia liberar oferta adicional de petróleo iraniano ao mercado, mas, por ora, as incertezas dominam os preços da commodity.

Ibovespa renova máxima; dólar hoje cede após Galípolo

O Ibovespa fechou a segunda-feira em nova máxima histórica, aos 139.636 pontos, com pico intradia acima dos 140 mil. O mercado reagiu ao discurso firme de Gabriel Galípolo, que reforçou o tom restritivo da política monetária.

Como consequência, a sinalização elevou a aposta na manutenção da Selic em 14,75% na próxima reunião do Copom. Além disso, a perspectiva de juros altos sustentados contribuiu para o otimismo com ações locais.

Paralelamente, o dólar caiu 0,25% frente ao real, cotado a R$5,6549, influenciado também pela fraqueza da moeda americana no exterior, após o rebaixamento da nota dos EUA.

No cenário político, o ministro Fernando Haddad afirmou que já entregou ao presidente Lula um pacote de medidas fiscais. Por fim, o Relatório Bimestral com estimativas para receitas e despesas será divulgado na quinta-feira.

O plano, segundo o governo, busca garantir o déficit primário zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026.

Exportações de frango devem se normalizar

O secretário internacional do Ministério da Agricultura, Luís Rua, afirmou que o Brasil deverá ter um “retorno rápido” nas exportações de carne de frango para os nove países que suspenderam as compras.

Nove países suspenderam as importações após detectarem um foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, na semana passada.

O governo espera retomar os embarques nas próximas semanas, apoiado em negociações diplomáticas em andamento e protocolos sanitários em execução.

Agenda do dólar hoje – terça, 20 de maio de 2025

Exterior

03h00 – Alemanha – IPP (abril)
10h00 – EUA – Discurso de Bostic, membro do FOMC
11h00 – Zona do Euro – Confiança do Consumidor (maio)

Brasil

14h00 – Ministério da Fazenda: Reunião entre Haddad e Galípolo