
Na segunda-feira (01), o dólar comercial fechou com variação de 0,4%, valendo R$5,3574, após ter começado o dia cotado a R$5,3363.
O dólar iniciou esta terça-feira (02) cotado a R$5,3582.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – terça, 02 de dezembro 2025
Exterior
- 05h40 – Zona do Euro – Presidente de supervisão do Banco Central Europeu participa de evento sobre digitalização da agência reguladora mobiliária da União Europeia.
- 06h30 – África da Sul – PIB 3° Tri
- 07h00 – Zona do Euro – CPI – (nov)
- 07h00 – Zona do Euro – Núcleo do CPI – (nov)
- 07h00 – Zona do Euro – Taxa de empregos (out)
- 07h00 – França – OCDE – Relatório de perspectivas econômicas
- 12h00 – EUA – Vice-presidente de supervisão do Fed testemunha no comitê de serviços financeiros da câmara
- 20h00 – Coreia do Sul – PIB 3 Tri
- 21h30 – Austrália – PIB 3 Tri
- 21h30 – Japão – S&P PMI Composto (nov)
- 21h30 – Japão – S&P PMI de Serviços (nov)
- 22h45 – China – S&P PMI Composto (nov)
- 22h45 – China – S&P PMI de Serviços (nov)
Brasil
- 05h00 – Fipe – IPC (nov)
- 09h00 – IBGE – Produção industrial (out)
- 11h30 – BC oferta até 50 mil contratos de swap cambial (US$2,5 bilhões), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na segunda-feira (01), o dólar comercial fechou com variação de 0,4%, valendo R$5,3575, após ter começado o dia cotado a R$5,3345.
O que influencia o dólar hoje
A produção industrial brasileira de outubro entra no centro das atenções, ao lado do Vale Day em Londres e da presença de autoridades do governo e do Banco Central em eventos setoriais. O presidente Lula e a presidente da Petrobras inauguram nova capacidade da Refinaria de Abreu e Lima (RNEST).
No Congresso, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) deve votar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026. No exterior, destaque para o depoimento de Michelle Bowman na Câmara dos Representantes, embora sem sinalizações sobre política monetária em função do período de silêncio.
A agenda norte-americana segue esvaziada, aumentando o peso dos indicadores e discursos no Brasil para orientar o mercado doméstico.
Quase quatro anos de espera por um cessar-fogo na Ucrânia
Os mercados globais operam com ajustes moderados, influenciados principalmente pelo ambiente geopolítico. O petróleo recua em meio à expectativa de uma nova rodada de negociações sobre a guerra na Ucrânia.
O enviado de Donald Trump, Steve Witkoff, discute propostas de cessar-fogo com Vladimir Putin, adicionando incerteza ao cenário de commodities. Na Europa, as bolsas avançam depois de um começo de semana bastante turbulento.
Em Frankfurt, a Bayer sobe mais de 14% após o governo Trump pedir à Suprema Corte dos EUA que barre as milhares de ações contra o herbicida Roundup.
Bank of Japan pode adicionar mais volatilidade ao mercado de câmbio
Os futuros de Nova York avançam levemente, sustentados por apostas de corte de 25 pontos-base pelo Fed ainda este mês. As projeções do CME Group mantêm probabilidade elevada (87,2%) para flexibilização.
Os juros dos Treasuries recuam e dão alívio aos ativos globais, enquanto o dólar opera perto da estabilidade no início do pregão. O iene ganha força após sinais do Banco do Japão.
As taxas de longo prazo japonesas também subiam após rumores de que o BoJ pode elevar juros ainda este mês.
Mediana das projeções indicam crescimento de 0,3% da produção industrial em outubro
O Ibovespa tende a se beneficiar do ambiente externo mais positivo e da alta do minério de ferro na China. A produção industrial brasileira deve mostrar avanço de cerca de 0,3% em outubro, impulsionada pela indústria extrativa.
Esse dado pode influenciar expectativas de crescimento para o quarto trimestre. Mesmo com a fraqueza de alguns setores, inclusive o industrial, o resultado pode ajudar a sustentar o humor local.
A agenda corporativa também pesa, com eventos relevantes envolvendo Petrobras, Vale e a RNEST.
BC deve intensificar intervenções no mercado de câmbio este mês
Os juros locais encontram algum alívio com a queda dos Treasuries, mas o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a Selic só deve cair se necessário. O sinal contrasta com expectativas mais otimistas.
O mercado interpreta as falas como indicativo de continuidade do tom conservador do BC. Isso pode limitar movimentos mais intensos na curva curta.
Analistas avaliam se o mês de dezembro será marcado por intensa volatilidade cambial, como aconteceu no último mês do ano passado. Na dúvida, todos esperam que o Banco Central do Brasil seja mais ativo nas intervenções cambiais nos próximos dias.
Selic em nível insustentável deve garantir maior suporte ao real
No câmbio, o dólar perde força após o recuo dos Treasuries, mas permanece pressionado por fatores sazonais. A liquidez mais baixa no exterior reforça oscilações pontuais.
As perspectivas para o final do ano incluem a possibilidade de nova atuação do BC, com rolagem de linhas e operações casadas. O objetivo é suavizar movimentos abruptos antes da virada do ano.
Mesmo assim, a visão predominante é de estabilidade relativa no curto prazo, ainda que o ambiente global siga sensível.