sexta, 26 de abril de 2024

Destaques: boicote ao Facebook e alta no petróleo

29 junho 2020 - 09h02Por Investing.com

Por Geoffrey Smith 

Investing.com - As infecções por Covid-19 em todo o mundo superam os 10 milhões em consequência do salto do surto da semana passada nas Américas e na Índia, mas dois dias de declínio em novas infecções nos EUA estão ajudando as ações a uma abertura mista. 

O boicote aos anúncios do Facebook se aprofundam, enquanto há uma luz no fim do túnel para a Boeing. No setor de petróleo e gás, a Chesapeake Energy pede falência enquanto a BP sai do negócio de petroquímicos. 

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na segunda-feira, 29 de junho.

1. Casos de Covid-19 alcançam 10 milhões, novos casos nos EUA caem

O número de infecções por coronavírus em todo o mundo superou os 10 milhões, com mais de 501.000 mortes relatadas, segundo dados da Johns Hopkins.

As novas infecções nos EUA caíram pelo segundo dia consecutivo no domingo, depois de atingirem um recorde de mais de 42.000 na sexta-feira, em uma onda que levou o Texas a ordenar o fechamento de bares e a suspender cirurgias eletivas em seus hospitais para liberar capacidade para casos de Covid-19.

Junto do sul e do oeste dos EUA, os aumentos mais acentuados continuaram na América Latina, principalmente no Brasil e no México, e na Índia.

2. Boicote de anúncios ao Facebook

O número de grandes anunciantes que boicotam as duas grandes plataformas de mídia social do Facebook (NASDAQ:FB) por causa de sua falha em lidar com a disseminação de discursos de ódio e desinformação continua aumentando.

No fim de semana, a PepsiCo (NASDAQ:PEP), a Starbucks (NASDAQ:SBUX) e o grupo de bebidas Diageo (LON:DGE) (fabricante de Guinness e Johnny Walker) disseram que retirariam seus anúncios das redes do Facebook, juntando-se às gigantes Unilever (LON:ULVR), Verizon (NYSE:VZ), Coca-Cola (NYSE:KO) e outras que deram o passo na semana passada.

As ações do Facebook, que caíram mais de 8% na sexta-feira, perdiam outros 2,3% nas negociações de pré-mercado nesta segunda.

3. Ações devem abrir mistas; testes do 737 MAX devem ser retomados

As ações dos EUA devem abrir mistas, em meio a um alívio cauteloso por dois dias de queda do número de novos casos de Covid-19.

Às 8h38 (horário de Brasília), o contrato Dow Jones 30 Futuros subia 134 pontos a 0,52%, enquanto o contrato futuro do S&P 500 subia 0,2% e o contrato futuro Nasdaq 100 caía 0,2%.

Entre as ações que provavelmente estarão em foco na segunda-feira está a Boeing, depois de relatos de que a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) permitirá que voos de teste para o 737 MAX sejam retomados na segunda-feira, após 15 meses de aterramento.

Além disso, também haverá dados sobre vendas de casas pendentes e a pesquisa regional de negócios do Federal Reserve Bank de Dallas, que pode lançar luz sobre o estresse no setor de petróleo e gás do estado e, talvez, em seu sistema de saúde.

4. Chesapeake afunda, BP vende negócio petroquímico

O estresse no shale ficou evidente durante o fim de semana, quando a Chesapeake Energy (NYSE:CHK) entrou em colapso com o peso de suas dívidas depois de suportar anos de baixos preços do gás natural.

A empresa, que pagou o preço por não ter uma perspectiva de lucro maior, tem cerca de US$ 11,8 bilhões em dívidas.

Enquanto isso, na Europa, a BP (LON:BP) continuou a vender ativos para reduzir a alavancagem e manter o pagamento de dividendos em andamento. A empresa disse que sairia do negócio petroquímico vendendo para a Ineos, com sede no Reino Unido, por US$ 5 bilhões. Esse é um terço de seu total de vendas direcionadas de ativos até o final de 2021.

5. Petróleo se estabiliza após temores de Covid-19 atingirem a perspectiva da demanda

Os preços do petróleo se estabilizaram depois de cair no fim de semana devido a temores de que a disseminação do coronavírus enfraqueça qualquer recuperação econômica global.

Às 8h38, os contratos futuros de petróleo dos EUA subiam 0,6%, a US$ 38,73 por barril, enquanto a referência internacional Brent subia 0,5%, para US$ 41,13 por barril.

Os preços caíram depois de um relatório dizendo que cinco das maiores empresas importadoras de petróleo da China se uniriam para comprar coletivamente, com o objetivo de melhorar seu poder de barganha com os produtores. A notícia vem enquanto níveis recordes de petróleo são armazenado na costa chinesa em navios-tanque, em meio a discussões sobre preços.