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BTG defende limite de gastos para controle fiscal

“A estrutura fiscal não é perfeita e tem espaço para melhorias, mas pode absorver choques” – assim afirma o BTG Pactual em relatório sobre política fiscal brasileira, publicado nesta quarta-feira (18). Para analistas, a queda nos resultados fiscais – devido à pandemia de Covid-19 e a guerra nos preços de petróleo – “é temporária e extraordinária, sem efeitos colaterais estruturais na trajetória gradual da consolidação fiscal.” 

Para analistas, ainda é cedo para diminuir o limite de gastos em meio à redução de crescimento e queda nos preços das commodities. “O Brasil não tem espaço fiscal para implementar política anticíclica e o limite de gastos é sua única âncora para convencer os agentes econômicos de que a gradual processo de consolidação fiscal continuará.” 

O BTG acredita que o governo deve usar a reavaliação bimestral do orçamento de maneira “oportuna e considerada”, e existe espaço para reduzir gastos obrigatórios.

O banco usa dados do monitor fiscal do FMI de que, até 2024, o Brasil terá a maior dívida bruta entre 40 países que consumirá ~ 95% do PIB. “Esse nível de dívida altamente desconfortável, em termos relativos, revela claramente a falta de espaço para expansão política fiscal.”