sexta, 29 de março de 2024

Bolsas voltam a cair após sinais de recessão nos EUA

03 outubro 2019 - 13h30Por Angelo Pavini
As bolsas internacionais estão novamente em forte queda hoje, refletindo mais dados negativos da economia americana. Hoje, o Índice do Instituto de Gerentes de Suprimento (ISM) excluindo serviços veio com uma queda de 56,4 em agosto para 52,6 em setembro. Já o Índice ISM de emprego no setor de serviços caiu de 53,1 para 50,4, aproximando-se do nível de 50, que separa crescimento de retração da atividade. Os números reforçam outros indicadores negativos divulgados nesta semana, como o ISM da manufatura de setembro, o mais baixo desde a recessão de 2009, e o índice de emprego do setor privado pesquisado pela empresa ADP. É grande a expectativa com os dados de emprego oficiais, o payroll de setembro, que sai amanhã e pode consolidar a perspectiva de economia muito fraca e a necessidade de o banco central americano agir, cortando os juros.

Mercado vê chance maior de o Fed cortar os juros

Com isso, as bolsas americanas, que abriram estáveis, passaram a cair com força e o Índice Dow Jones perdia 0,95%. O Standard & Poor’s 500 cai 0,74% e o Nasdaq, 0,71%. Aumentam também as apostas de um novo corte dos juros americanos ainda neste mês, na reunião do Comitê de Mercado Aberto Fomc do Federal Reserve, banco central americano. A estimativa embutida nos contratos futuros é de 71 por cento de um corte da taxa do nível atual de 1,75 por cento a 2 por cento para 1,5 por cento a 1,75 por cento. Há uma semana, a expectativa era de 49 por cento para um corte e 50 para manutenção. Na Europa, as bolsas também passaram a cair após a divulgação do ISM dos EUA. O Índice Financial Times tem perda de 1,49%, o CAC, de Paris, de 0,44% e o índice regional Euro Stoxx 600, de 0,67%. Hoje é feriado na Alemanha, em comemoração à reunificação do país. O índice Dow Jones Global está em baixa de 2,43%. As commodities também sofrem com a perspectiva de menor crescimento mundial e o petróleo cai 2,47% em Nova York, para US$ 51,34 o barril. Já o ouro segue em alta, sinal de que os investidores buscam refúgio para a incerteza dos mercados. O metal sobe 0,99%, para US$ 1,522,70 a onça-troy (31,104 gramas). Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA também estão em forte queda, em 1,52% ao ano, 0,08% de baixa em relação a ontem. O dólar cai diante do euro, com a moeda europeia valendo US$ 1,0987, e diante do iene. No Brasil, o Índice Bovespa chegou a perder os 100 mil pontos e bateu a mínima do dia de 99.826 pontos. Há pouco, o índice se recuperou e estava em 100.517 pontos, mas ainda em queda de 0,41%. Petrobras PN cai 1,57%, Bradesco PN, 0,81% e Itaú Unibanco PN, 0,51%. Já Banco do Brasil, que anunciou hoje uma oferta de R$ 5,7 bilhões em ações que estavam em tesouraria e que pertencem ao FI-FGTS, sobe 0,88%. A maior alta do índice é de Cielo ON, com 1,86% de ganho, seguida de Gol PN, 0,94% e BR Distribuidora ON, 0,68%. As maireos quedas são de CVC Brasil, 2,56%, Qualicorp ON, 2,50%, Lojas Americanas PN, 2,21% e Ultrapar ON, 2,23%. O post Bolsas voltam a cair após novos sinais de economia fraca nos EUA; Ibovespa perde os 100 mil pontos apareceu primeiro em Arena do Pavini.