terça, 19 de março de 2024
Repreensão à junta militar

Biden se junta a líderes asiáticos para repreender Mianmar

Cúpula regional foi aberta sem representante do país

26 outubro 2021 - 19h45Por Agência Brasil
Biden promulga lei que eleva limite da dívida dos EUA e evita caloteBiden promulga lei que eleva limite da dívida dos EUA e evita calote - Crédito: Reuters

Por Agência Brasil - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se juntou aos líderes de países do sudeste asiático para repreender nesta terça-feira (26) a junta militar que governa Mianmar, enquanto uma cúpula regional era aberta sem um representante do país após a exclusão do principal general do país por ignorar propostas de paz. 

A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) disse que aceitaria a participação de uma figura não política de Mianmar na reunião virtual, mas a junta rejeitou a proposta, dizendo que só concordaria se seu líder ou algum ministro participasse. 

Em uma reprimenda inédita a um líder de um Estado membro, a Asean decidiu excluir o chefe da junta militar Min Aung Hlaing, que liderou um golpe militar no dia 1º de fevereiro que gerou violência e caos no país, por seu fracasso em cessar com as hostilidades e permitir que grupos de ajuda humanitária trabalhassem no país, além de sua recusa em iniciar um diálogo, como havia sido acordado com a Asean.

A decisão foi uma gigantesca repreensão aos militares de Mianmar e uma rara e ousada medida de um bloco regional conhecido por seu código de consenso, não interferência e engajamento.

"Hoje, a Asean não expulsou Mianmar de sua estrutura. Foi Mianmar que abandonou seu direito de participar", disse o primeiro-ministro do Cambódia, Hun Sen, que será o presidente do grupo no ano que vem.

"Agora a situação da Asean tem um a menos. Não é por causa do bloco, mas por causa de Mianmar."