sexta, 26 de abril de 2024
Banco do Brasil

BB tem lucro recorde de R$ 4,2 bi no 1º tri, 40% a mais; banco distribuirá R$ 1,6 bi aos acionistas

09 maio 2019 - 10h29Por Angelo Pavini
O Banco do Brasil divulgou hoje seu resultado no primeiro trimestre com um lucro líquido ajustado (sem eventos especiais) de R$ 4,2 bilhões. Segundo o banco, trata-se do maior resultado nominal em um trimestre na história do BB. O valor é 40,3% maior se comparado ao primeiro trimestre de 2018, de R$ 3,0 bilhões e 10,5% superior ao resultado do quarto trimestre de 2018. O número ficou acima dos R$ 3,883 bilhões esperados pelo mercado. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado foi de 16,8%, melhor que os 12,6% do mesmo período do ano passado e que os 15,4% do quarto trimestre, mas segue abaixo do retorno de seus concorrentes privados, acima de 20%. O banco estatal informou também que serão distribuídos R$ 1,6 bilhão em forma de juros sobre o capital próprio (JCP) no trimestre, o que representa um crescimento de 93,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2018. Segundo o BB, o resultado foi influenciado pelo crescimento do crédito com foco nas linhas com melhor relação risco/retorno e manutenção da qualidade da carteira e pela especialização do atendimento somado ao avanço da estratégia digital com impactos positivos no desempenho das rendas de tarifas, bem como no controle das despesas.

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Carteira de crédito cresceu 0,8%

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 684,1 bilhões e cresceu 0,8% em 12 meses, número baixo se comparado a outras instituições. A carteira de pessoas físicas orgânica ampliada cresceu 9,0% em 12 meses (R$ 16,0 bilhões), fruto do desempenho positivo em crédito consignado (R$ 5,0 bilhões) e da alta de 7,1% do financiamento imobiliário (R$ 3,2 bilhões). O banco destaca a linha Empréstimo Pessoal, que cresceu 85,9% em comparação a março de 2018 e alcançou R$ 8,5 bilhões, resultado da estratégia de crescimento de crédito em operações mais rentáveis. A carteira de crédito ampliada de pessoa jurídica caiu 3,7% em 12 meses. Considerando a dinâmica das carteiras por segmentação de cliente, a principal redução ocorreu com Grandes Empresas (13,0%) ou R$ 15,7 bilhões. Parte dessa queda se refere a liquidação antecipada de operações no segmento de Grandes Companhias (Large Corporate). No caso das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), com faturamento anual de até R$ 200 milhões, destaque para o crescimento de 22,1% (R$ 5,0 bilhões) nas linhas de capital de giro e recebíveis, fruto da estratégia de aplicação em linhas com melhor relação risco retorno, de prazos mais curtos e com uso de garantias e recebíveis. O saldo para clientes Governo cresceu R$ 3,5 bilhões na comparação com março do ano passado. A carteira rural ampliada apresentou desempenho positivo de 4,4% na comparação anual (R$ 7,1 bilhões), com destaque para a carteira de FCO Rural (R$ 3,9 bilhões), Investimento Agropecuário (R$ 2,8 bilhões) e Pronaf (R$ 731 milhões). Considerando o desembolso nos nove primeiros meses da safra 2018/2019 o crescimento foi de 3,3% (R$ 1,9 bilhão) na comparação com o mesmo período da safra 2017/2018, estima o banco. O banco destaca a participação na Agrishow onde mais de R$ 2,3 bilhões em intenções de negócios foram acolhidas, crescimento de 156% em relação à 2018.

Qualidade do Crédito melhora

O índice de inadimplência acima de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira) alcançou 2,59% em março, com destaque para a queda de 2,65 ponto percentual na carteira de empresas e 0,17 ponto na de agronegócios. O índice de cobertura, ou seja, o valor que o banco tem de provisões para cobrir as perdas em relação à inadimplência registrada, alcançou 214,0%, acima da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A despesa de Provisões para créditos de liquidação duvidosa Líquida, que conta com a Recuperação de Crédito, caiu 26,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2018, alcançando R$ 3,1 bilhões no trimestre, fruto da maior recuperação de créditos no período (crescimento de 43,2%) e pela melhor qualidade na originação de crédito.

Despesas Administrativas sobem 1,7%

As despesas administrativas cresceram abaixo da inflação, resultando em um índice de eficiência em 12 meses de 36,9% no primeiro trimestre, melhora de 0,60 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2018.

Prestação de serviços cresceu 3,8%

No primeiro trimestre, as receitas com prestação de serviços cresceram 3,8% na comparação com o mesmo período de 2018, alcançando R$ 6,8 bilhões, com destaque para o desempenho das linhas de consórcios (+33,5%), cartão de crédito (+12,7%); seguros, previdência e capitalização (+9,1%); administração de fundos (+6,9%) e conta corrente (+5,4%).

Índice de Basileia atinge 19,26%

O índice de Basileia, que compara o patrimônio do banco com os seus ativos ponderados pelo risco, e mostra quanto capital a instituição tem para cobrir eventuais perdas, atingiu 19,26% em março de 2019. O índice de capital nível I chegou a 14,00%, sendo 10,53% de capital principal e o patrimônio de referência alcançou R$ 134,9 bilhões. Segundo o BB, o foco da instituição está no aumento orgânico do capital, pelo crescimento do crédito em linhas que exijam menos capital e mais atrativas sob o critério retorno versus risco. O post BB tem lucro recorde de R$ 4,2 bi no 1º tri, 40% a mais; banco distribuirá R$ 1,6 bi aos acionistas apareceu primeiro em Arena do Pavini.