Após reverter prejuízo bilionário e lucrar R$ 700 mi, Suzano sobe mais de 3%
09 agosto 2019 - 11h41Por Investing.com
Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Suzano Papel e Celulose (SUZB3) operam com forte valorização de 3,54% a R$ 32,20, figurando assim entre as maiores altas de momento no Ibovespa. A maior produtora de celulose do mundo teve lucro líquido de R$ 700 milhões no segundo trimestre, após resultado negativo de mais de R$ 2 bilhões um ano antes.A companhia divulgou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 3,1 bilhões de reais de abril a junho, queda de 24% na comparação anual.Analistas, esperavam, em média, Ebitda 2,88 bilhões de reais para a Suzano no segundo trimestre e lucro líquido de 993 milhões, segundo dados da Refinitiv.Além do balanço, a Suzano divulgou redução em sua projeção de investimento em 2019, que passou de 6,4 bilhões para 5,9 bilhões de reais. Segundo a empresa, a redução de cerca de 8% na previsão de investimento decorre de “menor volume de colheita de madeira dado o menor volume de produção em 2019; e da disciplina financeira da companhia visando a gestão de sua alavancagem”.O desempenho da Suzano foi apoiado na reversão do resultado financeiro negativo de 6,2 bilhões de reais registrado no segundo trimestre de 2018, em meio aos preparativos para viabilizar a incorporação da rival Fibria (FIBR3), concluída neste ano.A companhia terminou junho com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 3,5 vezes, ante 2 vezes ao fim de junho de 2018. Em dólares, a relação variou de 1,7 vez para 3,6 vezes.Na visão da Mirae Asset, o resultado não trouxe surpresas, diante do enfraquecimento dos fundamentos da economia mundial. A equipe lembra que, para minimizar os riscos de desestabilização na relação oferta x procura, a Suzano havia anunciado a algum tempo que irá reduzir a oferta de celulose em 1,5 milhão de toneladas este ano, visando sustentar preço do produto e reduzir os níveis de estoques internacionais, que se posicionam em nível elevado.A corretora segue com recomendação de Compra para a ação da Suzano, lembrando que a partir do início do 2T19 a Suzano incorporou totalmente a Fibria.