sexta, 26 de abril de 2024
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Demanda dificulta liberação de empréstimos por bancos, diz Itaú

19 maio 2020 - 14h45Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - Empresários por todo o país relatam que estão com dificuldade para acessar as modalidades especiais de crédito criadas pelo Governo Federal, uma forma para que as empresas possam conseguir financiamento com juros baixos em troca da manutenção de empregos Os bancos brasileiros não têm conseguido atender às demandas dos clientes por empréstimos em meio à pandemia de coronavírus, uma vez que a liquidez bancária diminuiu e o risco de inadimplência aumentou, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do Itaú Unibanco Candido Bracher. Por volta das 13h40, os ativos do Itaú tinham perdas de 2,26% a R$ 22,15, enquanto que Bradesco (SA:BBDC4) cedia 0,61% a R$ 17,90. Já o Santander (SA:SANB11) somava 0,41% a R$ 24,64. Falando em um webcast ao vivo realizada pelo Valor Econômico, Bracher disse que a demanda por empréstimos provavelmente cairá em breve devido à crise econômica, e também disse que os bancos e o governo estão discutindo as regras de refinanciamento de imóveis, como uma forma de conceder novos empréstimos com garantia forte.

Micro e pequenas empresas

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a lei que cria o programa de apoio às micro e pequenas empresas, estabelecendo linhas de crédito. O texto, publicado no Diário Oficial da União, tem por objetivo auxiliar essas companhias durante a crise do coronavírus. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) é destinado a microempresas que têm faturamento de até R$360 mil por ano, e pequenas empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões ao ano. O valor dos empréstimos deve ser de até 30% da receita bruta anual da empresa em 2019, podendo atingir um montante máximo de R$ 108 mil para microempresas e R$ 1,4 milhão para pequenas. Companhias com menos de um ano de funcionamento terão o valor do empréstimo limitado à metade do capital social ou 30% da média do faturamento mensal. Além disso, o montante pode ser dividido em até 36 parcelas, com uma taxa de juro anual máxima igual à Taxa Selic, acrescida de 1,25%. A lei entra em vigor com a sanção, mas as alterações de Bolsonaro ainda serão analisadas no Congresso. Da forma como o texto foi publicado, há um prazo de 36 meses para o pagamento. Cada empréstimo terá a garantia de 85% dos recursos pela União. Todas as entidades financeiras autorizadas pelo Banco Central poderão operar a linha de crédito. Os recursos obtidos poderão ser utilizados pelas companhias para pagar salário dos funcionários, investimentos ou para capital de giro. O projeto veda a destinação do dinheiro para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios das empresas.