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Aliansce Sonae dispara 10%; lucro do 1º trimestre é 3,7 vezes maior, bate consenso

21 maio 2020 - 17h38Por Investing.com
Por Gabriel Codas Investing.com - As ações da Aliansce Sonae (SA:ALSO3) operam disparam quase 11% na tarde desta quinta-feira na B3, bem acima dos ganhos do Ibovespa hoje. A administradora de shopping divulgou ontem, após o fechamento do mercado, que teve um lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 103,9 milhões no 1º trimestre do ano, montante que é 3,7 vezes maior que os R$ 27,8 milhões de um ano antes. O resultado ficou acima do consenso de R$ 35 milhões nos analistas de mercado. Já a receita da administradora de shoppings foi de R$ 127,3 milhões para R$ 229,3 milhões, alta de 80,1%, com a receita bruta de aluguel avançando 75,4%, para R$ 243,6 milhões. Com isso, por volta das 15h28 os ativos tinham ganhos de 10,45% a R$ 26,22, com máxima em R$ 26,58. O Ibovespa registrava ganhos de 2,02% a 82.961 pontos.

Visão dos analistas

Na visão do BTG Pactual, os resultados do trimestre foram mistos, pois o resultado foi significativamente acima da previsão (a Aliansce Sonae conseguiu cortar custos operacionais muito rapidamente, adaptando suas operações a um cenário mais difícil), enquanto os números operacionais foram fracos (embora grande parte da queda nas vendas tenha sido causada por Covid-19, crescimento de SSS de 3,0% antes do bloqueio já foi decepcionante). A equipe acredita que a Aliansce Sonae está bem preparada para um cenário mais difícil (a empresa possui o menor índice de alavancagem do setor, com 1,1x ND/Ebitda no 1T20 e forte posição de caixa), enquanto a avaliação parece atraente em 11x P/FFO 2021E. Assim, eles mantiveram a classificação de compra no estoque.

Balanço

Em teleconferência com investidores, a diretoria da companhia disse que ainda não vê um grande pedido de saída de lojistas de seus shopping centers. “Não há volume representativo de rescisões. Não consideramos vacância aumentando mais de 1 ponto, porque renegociamos condições com lojistas. O que deve ser afetado é o ritmo de assinatura de novos contratos de locação”, afirmou Rafael Sales, CEO do grupo. O executivo ainda afirmou que “se os shoppings continuarem fechados mais um ou dois meses, a empresa não vai ter problema de covenants”. Para ele, mesmo com queda relevante no Ebitda ainda espera respeitar os covenants e podendo investir R$ 1 bilhão ainda. “Se tivermos queda relevante de Ebitda [lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação], ainda estaremos respeitando os covenants e podendo investir R$ 1 bilhão ainda”, disse ele. A empresa é sócia em 27 empreendimentos e administra 12.